Governo decreta luto nacional pelo Papa e Marcelo fala ao país às 20h

Da esquerda à direita figuras da política recorrem às redes sociais para lamentar a morte do Papa Francisco. O Presidente da República guardou para mais tarde a reação, numa declarao ao país.

O Governo vai decretar luto nacional em memória do Papa Francisco.

“Enquanto se aguardam indicações da Santa Sé sobre a data das exéquias, o Governo de Portugal propôs ao Presidente da República que fossem decretados três dias de luto nacional que serão oportunamente confirmados de acordo e coincidido com as cerimónias fúnebres”, afirmou o primeiro-ministro.

Antes, e logo após a notícia da morte do Papa, Luís Montenegro já tinha já deixado uma mensagem a evocar Francisco e a marca que deixou em Portgal.

“As suas visitas a Portugal, no Centenário das aparições de Nossa Senhora em Fátima e na Jornada Mundial da Juventude, marcaram o nosso país e geraram uma ligação muito forte do povo português com Sua Santidade”, escreveu na rede social X.

Marcelo Rebelo de Sousa não reagiu ainda publicamente à morte do sumo pontífice, mas falará aos portugueses às 20h.

“O Presidente da República falará hoje ao País, sobre a morte do Papa Francisco, pelas 20h00”, lê-se num comunicado da Presidência da República.

Carlos Moedas, Pedro Nuno Santos ou Mariana Mortágua, foram algumas das figuras da política nacional que recorreram às redes sociais para lamentar a morte do Papa.

Secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos

Um defensor incansável do ambiente, da solidariedade entre os povos e da necessidade de uma economia mais justa. O seu legado ficará para sempre inscrito na história do nosso tempo”.

Presidente da Assembleia da República, Aguiar-Branco

O presidente da Assembleia da República manifestou a sua “profunda tristeza pela morte do Papa Francisco”.  “O seu pontificado foi para a Igreja e para o mundo um sinal de fraternidade, paz e misericórdia. A melhor homenagem que podemos prestar é garantir que as suas palavras continuam a ser um exemplo”, disse Aguiar-Branco, em declarações à agência Lusa.

Presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas

“Tornou-se no Papa que ficará sempre no coração de Lisboa: que aqui deixou uma marca que não esqueceremos, que connosco partilhou momentos únicos que fizeram de Lisboa a cidade de “todos, todos, todos”. Acima de tudo, transmitiu-nos esperança. Em Lisboa saberemos honrar o seu legado, o legado do Papa da esperança”.

Presidente do Conselho Europeu, António Costa

“Preocupou-se com os grandes desafios globais do nosso tempo, das migrações às alterações climáticas, da desigualdade à paz, mas também com as lutas quotidianas das pessoas comuns”

Líder da Iniciativa Liberal, Rui Rocha

“Os meus pensamentos estão com a nossa comunidade católica, com a Igreja Católica, com o Vaticano e com aqueles que o Papa Francisco inspirou em todo o mundo. A todos, apresento as mais sentidas condolências”. 

Coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua

“Nos últimos dias, exigiu o cessar-fogo em Gaza e opôs-se à corrida ao armamento. Condenou o ódio contra imigrantes e a ‘economia que mata’”.

Presidente do Chega, André Ventura

“Que a sua vida intensa seja um exemplo para todos os que querem servir a causa pública!”.

O PCP, numa nota enviada aos orgãos de informação, adiantou que Francisco “marcou a Igreja, os católicos e outros cristãos nesta fase da história da humanidade com uma grande proximidade às causas da Paz, de defesa dos direitos económicos e sociais e de justiça para os excluídos desta sociedade ‘submetida a interesses financeiros’”.

Porta-voz do PAN

“Esteve do lado do progresso e da paz, procurou combater a pobreza e as desigualdades sociais, abrir a igreja aos desafios do Séc XXI, desde a crise climática, passando pela defesa da democracia aos direitos dos animais”.

O candidato às eleições presidenciais de 2026 Marques Mendes considera que Francisco foi um dos papas “mais marcantes da Igreja Católica”. “Teve um pontificado profundamente inspirador. Inspirador pela mensagem, pelo gesto e pela simpatia cativante. Inspirador pela humildade, simplicidade e autenticidade. Inspirador para os católicos, mas, novidade das novidades, profundamente inspirador também para os não católicos”, lê-se numa nota enviada à comunicação social.