Mariana Mortágua vs André Ventura: um debate cheio de acusações (e legos)

Mariana Mortágua e André Ventura debateram esta noite. As suas diferenças são notórias em todos os assuntos.  

Mariana Mortágua e André Ventura debateram esta noite. As suas diferenças são notórias em todos os assuntos.  

Sobre Impostos  

 André Ventura começou por dizer que defende mais produtividade e mais eficiência na Administração Pública, e também aumentos salariais, e salientou as diferenças entre o Chega e o BE.  

“Há uma diferença do Chega para o BE. O Chega de facto quer um aumento do salário mínimo para 1.000 mas garantir que os pequenos e médios empresários têm um fundo de apoio à subida do salário mínimo”, diz. 

Já Mariana Mortágua referiu que o seu oponente é “o único político português que defende o ataque de Trump à economia portuguesa com tarifas”, e aproveitou para pedir a Ventura que explicasse que tarifas é que defende.

“Não sei se não sabe que 75% das importações portugueses vêm da UE. Era importante que explicasse ao país o que pretende com as tarifas, porque a única coisa que propõe é um imposto escondido.” 

A Coordenadora do Bloco de Esquerda trouxe ainda uma caixa com vários Legos para explicar as exportações europeias a André Ventura. 

Sobre a habitação 

Passando para a habitação, Mariana Mortágua explica que é com  teto máximo para as rendas que a crise da habitação pode ser combatida.  

“Eu concordaria se estivéssemos em Cuba nos anos 50. O muro caiu, Mariana Mortágua”, responde Ventura, que acusou do BE de defender a invasão de propriedade privada.  

“O Chega, que defende AL ilimitado, benefícios fiscais para ricos que nem sequer vivem em Portugal, defendeu os Vistos Gold, não quer saber da habitação”, atirou, por sua vez, Mortágua.  

Já Ventura acusou o Bloco de Esquerda de querer “comprar votos com os imigrantes”. 

Sobre Imigração  

“Se os imigrantes são bons para pagar impostos, também são bons para decidir” sobre quem governa o país”, disse Mariana Mortágua, sobre a proposta do BE para alargar o direito ao voto a imigrantes. 

O líder do Chega, por outro lado, refere que a “melhor forma de garantir que a economia tem a recetividade que precisa nos números de imigrantes que precisamos”, é através de quotas para os imigrantes. “Não é como fez o Governo apoiado por Mortágua que entraram centenas de milhares sem sequer ver registos de criminalidade”, atira. 

“Não há uma relação entre criminalidade e a imigração”, atirou Mortágua.