Os sociais-democratas da Alemanha aprovaram esta quarta-feira um acordo para se juntarem a um novo governo de coligação. O SPD abre assim caminho para que o Parlamento de Berlim eleja o líder conservador Friedrich Merz como novo chanceler alemão.
O SPD, partido do chanceler cessante, Olaf Scholtz, vai juntar-se a uma coligação liderada pela União Democrata-Cristã (CDU), de direita, de Merz, e pelo partido parceiro da Baviera, a União Social Cristã (CSU).
A CDU (aliada à sua congénere bávara CSU) venceu as eleições com 28,6% dos votos, seguida da força de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD, com 20,8%), do SPD – com o pior resultado desde a Segunda Guerra Mundial (16,4%) -, dos Verdes (11,6%) e da Esquerda (8,8%).
Os conservadores precisam de apoio para reunir uma maioria parlamentar que exclua a Alternativa para a Alemanha (AfD), de extrema-direita e anti-imigração, que ficou em segundo lugar.
Os sociais-democratas submeteram o acordo de coligação alcançado no início de abril a uma votação eletrónica junto dos mais de 358 mil membros, que votaram nas últimas duas semanas.
O partido anunciou esta quarta-feira que 56% dos membros votaram, dos quais 84,6% a favor da coligação. A CDU e a CSU aprovaram previamente o acordo.