O Presidente da República salientou, este sábado, o contributo fundamental dos imigrantes para a economia portuguesa. Sublinhe-se que estas declarações são feitas no rescaldo do anúncio do Governo de que mais de 4.500 pessoas estão já a ser notificadas para deixarem Portugal, sendo que este é apenas o primeiro grupo. Nas próximas semanas, número de notificações deverá chegar aos 18 mil.
Para Marcelo Rebelo de Sousa, “há erros que não se podem cometer” e é preciso ver, além dos cerca de 4.500 que o Governo já referiu qual “o número total daqueles que, na regularização, como consequência da nova lei, são forçados a sair”.
“Se são 4.000 em 1,5 milhões ou em 1,6 milhões, se são 5.000, se são 10.000”, afirmou, referindo, contudo, que mesmo que sejam “100, 10, 20, 30, 50, 100, 4 .500, é sempre penoso para os próprios”, afirmou o Presidente da República, em declarações aos jornalistas, à margem da visita de surpresa à feira agropecuária Ovibeja.
O chefe de Estado chamou a atenção para o facto de este anúncio não dever ser entendido ou apresentado como o desaparecimento da imigração em Portugal. Isso seria “um colapso na economia e na sociedade portuguesa, pura e simplesmente, porque estamos a falar de um milhão e tal [de pessoas] e que aguentam vários setores da economia”, acrescentou.
