A Rússia anunciou este domingo que o presidente chinês vai visitar o país de quarta-feira a sábado no âmbito dos 80 anos da vitória na II Guerra Mundial contra a Alemanha nazi. Xi Jinping vai também abordar o conflito ucraniano.
De acordo com um comunicado divulgado pelo Kremlin e citado pela agência France-Presse (AFP), Xi Jinping participará ainda em discussões bilaterais sobre “o desenvolvimento de relações de parceria mundiais e interação estratégica” e sobre “problemas atuais na ordem do dia internacional e regional”.
“Está previsto que uma série de documentos bilaterais, entre os governos e os ministérios, sejam assinados”, acrescenta a nota do Kremlin.
Além de Xi Jinping, dirigentes de cerca de 20 países deverão assistir à parada militar de 9 de maio na Praça Vermelha, entre os quais o Presidente brasileiro Lula da Silva e outros tradicionais aliados internacionais de Moscovo.
No sábado, o Kremlin acusou o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, de ameaçar as comemorações, depois de ter afirmado que Kiev não podia garantir a segurança dos líderes internacionais em Moscovo.
Volodymyr Zelensky “fez uma ameaça inequívoca aos líderes mundiais” que vão participar na cerimónia, disse a porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova, nas redes sociais, segundo a agência de notícias russa TASS.
Zakharova comentava declarações feitas na sexta-feira à noite por Zelensky sobre as comemorações presididas por Vladimir Putin.
Zelensky disse que Kiev não poderá garantir a segurança dos líderes internacionais presentes, sugerindo que Moscovo poderá fazer alguma coisa para culpar a Ucrânia.
“Não sabemos o que a Rússia vai fazer nessa data. Poderá tomar várias medidas, como incêndios ou explosões, e depois acusar-nos”, disse o Presidente ucraniano.