Ministério Público deduz cinco acusações sobre tumultos após morte de Odair Moniz

Há um processo com acusação em Oeiras, dois em Sintra (relativos a processos abreviados), um na comarca de Lisboa Norte (relativo a um processo sumaríssimo) e um em Lisboa

O Ministério Público deduziu até ao momento cinco acusações em processos relacionados com os tumultos na grande Lisboa que se seguiram à morte de Odair Moniz, morto a tiro por um agente da PSP.

A informação, avançada esta terça-feira pelo jornal Expresso confirmada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) à agência Lusa, dá conta um processo com acusação em Oeiras, dois em Sintra (relativos a processos abreviados), um na comarca de Lisboa Norte (relativo a um processo sumaríssimo) e um em Lisboa. 

A informação não precisa a que casos se referem os processos. 

Durante várias noites registaram-se tumultos em vários bairros da Grande Lisboa após a morte de Odair Moniz. O cabo-verdiano, de 43 anos e morador no Bairro do Zambujal, na Amadora, foi baleado pela polícia na madrugada de 21 de outubro, no Bairro da Cova da Moura, no mesmo concelho, e morreu pouco depois.

Durante os tumultos foram incendiados mais autocarros, dezenas de automóveis e contentores do lixo. Mas o ataque a um autocarro, incendiado em Santo António de Cavaleiros (Loures), que deixou o motorista em perigo de vida, era o mais grave em investigação.

Em operações policiais subsequentes foram detidas várias pessoas, tendo ficado em prisão preventiva dois jovens de cerca de 18 anos detidos na Amadora e em Carnaxide (Oeiras), acusados de crimes contra a propriedade praticados durante os tumultos.

Em Loures, dois dos três detidos por suspeita de provocar o incêndio no autocarro que deixou sequelas permanentes no motorista ficaram em prisão preventiva, “indiciados pelos crimes de homicídio qualificado na forma tentada, incêndio e dano”.