Polícia expulsa manifestantes pró-Palestina da Universidade de Columbia

A Universidade de Columbia anunciou, em março, mudanças radicais na política da instituição

A Polícia de Nova Iorque entrou na quarta-feira no campus da Universidade de Columbia “para expulsar” manifestantes pró-Palestina, revelou o presidente da Câmara da cidade. 

“A pedido escrito da Universidade de Columbia, a polícia de Nova Iorque está a entrar no campus para expulsar indivíduos que estão a invadir propriedade privada”, disse Eric Adams.

Em comunicado, Adams sublinhou que Nova Iorque defende o direito ao protesto pacífico, mas não tolera “a anarquia”.

Também em comunicado, a prestigiada universidade nova-iorquina referiu que estava “a lidar com uma perturbação na sala de leitura 301 da Biblioteca Butler [Butler Library]”.

“Foram avisados de que a não observância constitui uma violação das nossas regras e políticas e resultará numa possível detenção. Nenhum dos indivíduos que protestam na sala de leitura optou, até ao momento, por se identificar e sair”, declarou a instituição de ensino superior. 

A universidade também referiu que aqueles que violam as regras e políticas da universidade “enfrentarão consequências disciplinares”.

Os manifestantes, que querem que a universidade desinvista de empresas ligadas a Israel, exigiram que a biblioteca mude de nome, para “Universidade Popular Bassel al-Araj”, em homenagem a um ativista palestiniano que morreu em 2017, de acordo com uma publicação na plataforma ‘online’ Substack do grupo pró-Palestina Columbia University Apartheid Divest (Desinvestir no Apartheid na Universidade de Columbia).

A Universidade de Columbia anunciou, em março, mudanças radicais na política da instituição. Entre as alterações, a proibição de os estudantes usarem máscaras para esconder a identidade e uma regra de que aqueles que protestam no campus devem apresentar a identificação quando solicitado.

A escola disse ainda que contratou novos agentes de segurança pública com poderes para fazer detenções no campus.

O grupo Columbia University Apartheid Divest disse que ocupou parte da biblioteca Butler porque acreditava que a universidade lucrava com a “violência imperialista”.

“A repressão gera resistência — se a Columbia intensificar a repressão, as pessoas continuarão a intensificar as perturbações neste campus”, escreveu o grupo nas redes sociais.Polícia expulsa manifestantes pró-Palestina da Universidade de Columbia