O Partido dos Trabalhadores do Curdistão, PKK, anunciou a sua dissolução e o fim da “luta armada” de 40 anos contra o Estado turco, esta segunda-feira, na sequência de um apelo do fundador e líder da organização, Abdullah Öcalan, feito a partir da prisão.
“O 12.º Congresso do PKK [Partido dos Trabalhadores do Curdistão] decidiu dissolver a estrutura organizativa do PKK e pôr fim ao método da luta armada, cujo processo de implementação será conduzido e realizado pelo líder APO (Öcalan), pondo assim fim às atividades desenvolvidas sob o nome do PKK”, lê-se num “comunicado divulgado pelos meios de comunicação turcos, citado pela imprensa internacional.
Abdullah Öcalan, na prisão perpétua há 25 anos, apelou no final de fevereiro ao PKK, considerado uma organização terrorista pela Turquia, pelos Estados Unidos e pela União Europeia, para depor as armas e colocar um ponto final a quatro décadas de luta armada, que deixou cerca de 45 mil mortos.
Na sequência do apelo do seu fundador, o PKK realizou um congresso, entre 5 r 7 de maio, que decidiu pela extinção do movimento, que considerou que sua a luta “quebrou a política de negação e aniquilação imposta ao nosso povo, levou a questão curda ao ponto de ser resolvida através de políticas democráticas e cumpriu assim a sua missão histórica”.