Turismo de saúde

Os hospitais públicos estão inundados de estrangeiros que vêm até cá exclusivamente para usufruirem dos benefícios de uma assistência médica gratuita, sem que lhes seja exigida qualquer contrapartida, nomeadamente residirem e trabalharem em Portugal.

O filho de uma grande amiga minha, que também ele faz o favor de ser meu amigo, foi recentemente Pai pela primeira vez.

A gravidez da mulher foi acompanhada, desde o início, no hospital de Santa Maria, onde lhe garantiram logo que lhe seriam prestados os melhores cuidados.

Assim que rebentaram as águas, o casal deslocou-se, de imediato, para o hospital no qual seria suposto o bebé nascer, mas foi-lhes recusado qualquer tipo de atendimento com o argumento de ausência de disponibilidade, por o serviço de partos se encontrar saturado.

Em desespero de causa, receando que o parto se verificasse a qualquer momento e sem nenhuma assistência, dirigiram-se ao hospital privado mais próximo, onde o bebé nasceu com toda a atenção de que necessitava, mas com o recurso a uma cesariana.

Este jovem casal foi convencido de que o serviço público de saúde seria o mais adequado para uma gravidez sem riscos e, sobretudo, sem custos, condição indispensável a quem está ainda no início de uma vida em família e sem um suporte financeiro que lhes permita uma vivência desassossegada.

No entanto, quando chegou a hora de depender dos cuidados do Estado, este fechou-lhes a porta e empurrou-os para a medicina privada, a tal que está somente ao alcance monetário de uma minoria.

Graças a Deus que a criança nasceu saudável, apesar de ignorada por um serviço nacional de saúde elevado ao estatuto de santidade por uns quantos nostálgicos do Estado omnipresente, mas todos os custos, incluindo uma cesariana de cuja necessidade se duvida, foram exclusivamente suportados pelos progenitores, sem apoio algum de quem se revelou incapaz de prestar um ofício a que se encontra obrigado.

Para custear o nascimento do seu primeiro filho, esta família vai ser forçada a um sacrifício que em momento algum previu, e para o qual não estava preparada, e por uma simples razão, a do aparecimento de um fenómeno que está a deixar a maioria dos portugueses que querem abraçar a causa da paternidade com um futuro incerto: o turismo de saúde!

Os hospitais públicos estão inundados de estrangeiros que vêm até cá exclusivamente para usufruirem dos benefícios de uma assistência médica gratuita, sem que lhes seja exigida qualquer contrapartida, nomeadamente residirem e trabalharem em Portugal.

Segundo dados oficiais, o número total de imigrantes com residência legal em Portugal é de 1.546.521.

No entanto, estão inscritos no SNS 1.785.490, sendo de todo quase impossível apurar-se a quantia exacta de imigrantes estabelecidos no nosso País, legais e ilegais, sabendo-se que as estimativas mais optimistas apontam para cerca de dois milhões.

Mas o mais preocupante, é que apenas 302.000 estrangeiros residentes em Portugal efectuam descontos para a Segurança Social, facto que indicia que a grande maioria dos imigrantes se limita a passear-se pelas nossas belas paisagens, sem nada produzir, mas tão só a entupir o sistema de saúde pública e a sobreviver à custa de subsídios que o Estado português generosamente lhes concede.

O exemplo mais flagrante deste atentado aos mais elementares direitos dos portugueses são as maternidades públicas, que deixaram de ter vagas para quem aqui nasceu e viveu toda a vida, porque estão direccionadas para o turismo de saúde, obrigando as nossas Mães a percorrerem centenas de quilómetros à procura de um hospital estatal no qual possam dar à luz ou, em alternativa, a recorrerem aos privados para esse fim, pagando do seu bolso as despesas que ultrapassam o que os seus bolsos permitem pagar.

Diariamente, centenas de mulheres, vindas sobretudo dos PALOP, mas igualmente de outras paragens, desembarcam nos aeroportos nacionais e dirigem-se directamente para as maternidades que lhes abrem as portas, com o único fim de aí terem os seus filhos.

Após o parto, e no final de toda a assistência gratuita que lhes foi facultada, regressam, felizes da vida, aos seus países de origem.

Este é o Portugal de Abril, no qual os portugueses são tratados como tolos e secundarizados em comparação com aqueles que nos procuram apenas para desfrutarem das benesses que estupidamente e irresponsavelmente lhes são oferecidas por um Estado apátrida, tomado de assalto por delinquentes travestidos de governantes.

Nenhum governo teve, até agora, a coragem de enfrentar este flagelo, nem sequer o actual, que defraudou as expectativas do eleitorado que nele depositou a esperança de ver corrigidos os erros impostos pela esquerda radical, tendo-se passado um ano sem que nada tenha sido feito no sentido de se voltar a garantir o acesso à saúde gratuita, a tempo e a horas, a todos quantos nasceram e cresceram portugueses.

O lema que por terras lusas impera, nos dias de hoje, é o de tudo pelos forasteiros e os portugueses que se lixem!

Só falta mesmo colocarem um painel publicitário nas áreas de chegadas de todos os aeroportos nacionais, com saudações a quem nos visita e com a seguinte inscrição:

“Bem-vindos ao País dos pacóvios!”