A Polícia Judiciária realizou, esta quarta-feira, várias buscas domiciliárias e não domiciliárias em dez locais diferentes, incluindo a TAP, por suspeitas de atentado à segurança de transporte aéreo, que terão sido denunciadas pela própria companhia aérea.
No âmbito da operação foram “detidos três suspeitos dos crimes de burla qualificada, falsificação de documentos, administração danosa, atentado à segurança de transporte por ar, branqueamento, corrupção passiva, corrupção com prejuízo do comércio internacional e fraude fiscal qualificada”.
A suspeita incide nos documentos de certificação de componentes aeronáuticos fornecidos à TAP e a outras companhias aéreas, segundo informações da Polícia Judiciária.
“Em causa estão suspeitas de fornecimento de peças e componentes aeronáuticos a companhias de transporte aéreo e às respetivas unidades de manutenção, acompanhados de documentação de certificação que se suspeita ter sido forjada”, lê-se no comunicado.
Os detidos vão ser presentes a primeiro interrogatório judicial para aplicação de medidas de coação.
O caso surgiu em 2023, quando a Agência Europeia para a Segurança da Aviação (AESA), alertou para a existência de certificados forjados nos componentes vendidos pelo fornecedor internacional AOG Technics. O responsável da empresa, que fornecia para a TAP, foi detido e a transportadora aérea portuguesa garantiu que assim que foi informada substituiu os componentes comercializados pela empresa em questão.
A TAP, segundo a CNN, terá alertado a Polícia Judiciária e o Ministério Público, que terão lançado a investigação que resultou agora na operação de buscas e consequentes detenções.