José Pedro Aguiar-Branco foi reeleito presidente da Assembleia da República, esta terça-feira, no arranque da nova legislatura.
O social-democrata foi reconduzido no cargo com 202 votos favoráveis, 25 votos brancos e três nulos.
Na sua intervenção, Aguiar-Branco começou por sublinhar que a atual conjuntura externa de instabilidade internacional “coloca em risco valores” que se davam por adquiridos.
Segundo o recém-reeleito presidente da AR, estão em risco valores como “a democracia, a paz e a liberdade”.
“Os vários tipos de liberdade, da livre circulação à liberdade de expressão – princípios que devem ser preservados especialmente aqui, no Parlamento”, disse.
O ponto seguinte do discurso foi a nova configuração do Parlamento, que tem agora “o maior número de partidos de sempre: sete grupos parlamentares [PSD, Chega, PS, IL, Livre, PCP e CDS] e três deputados únicos [JPP, PAN e BE]”.
“Temos muitos deputados estreantes e um conjunto de geometrias variáveis e de novos temas, que desafiam tudo o que julgávamos saber sobre o funcionamento das nossas instituições. Por causa disto, e muito mais, temos pela frente uma legislatura exigente. Uma das legislaturas mais exigentes da nossa democracia – exigente para quem dirige os trabalhos, exigente para cada um dos senhores deputados”, afirmou Aguiar-Branco, que prometeu equidistância entre todas as forças políticas.
“Só assim respeitamos a vontade popular. Vontade expressa em eleições livres, diretas e universais que, em 51 anos de democracia, nunca foram postas em causa. Um bom exemplo que nos vai distinguido do que acontece noutras geografias políticas”, concluiu.