“Quem tem mais experiência política” é que deve ser Presidente, diz Marques Mendes

“Não é nem um voto no desconhecido, nem um tiro no escuro”, mas sim um “voto na experiência”, afirmou o antigo presidente do PSD.

Marques Mendes defendeu, na terça-feira, que o cargo de presidente da República “deve ser exercido por quem tem mais experiência política”, só assim “não é um voto no desconhecido nem um tiro no escuro”, sublinhou.

O antigo líder do PSD afirmou que o cargo de chefe de Estado é “eminentemente político”, no discurso de encerramento da apresentação da comissão de honra da sua candidatura,

“Todos se podem, naturalmente, candidatar. Não é isso que está em causa. Mas aos portugueses compete avaliar. E desde logo deve ter em atenção isto. O cargo mais político na estrutura do Estado em Portugal deve ser exercido também pela democracia por quem tem mais experiência política. Nada disto é corporativo. Tudo isto é bom senso”, frisou.

O candidato presidencial considera que os mais de 20 anos em cargos públicos e mais de 10 de comentário televisivo permitiram aos eleitores conhecê-lo “muito bem”, desde o seu pensamento político até aos seus defeitos.

“Não é nem um voto no desconhecido, nem um tiro no escuro”, mas sim um “voto na experiência”, disse, sublinhando que a sua experiência política traz  “segurança, previsibilidade e confiança”.

Sobre a proposta de revisão constitucional, Marques Mendes afirmou que esta não é necessária para reduzir o número de deputados. “Basta coragem para cumprir a revisão anterior”, disse.

Aproveitou também a sua intervenção para agradecer o apoio do PSD à sua candidatura, mas lembrou que preza a sua independência e prometeu que elogiará quando fizer sentido e criticará  quando as decisões assim o exigirem. “Agirei sempre assim na Presidência da República. Com isenção, imparcialidade e independência. Na linha da tradição de todos os presidentes da República até hoje”, acrescentou Marques Mendes.