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A Tabaqueira, fundada em 1927, é um dos nomes mais antigos e conhecidos da indústria portuguesa. Porém, a empresa que há quase um século iniciou a sua atividade no fabrico tradicional de tabaco reposicionou o seu negócio em 2016, para ser agora uma das maiores exportadoras nacionais de produtos e de serviços, muito por força da inovação tecnológica. “A visão da Philip Morris International (PMI) é de criar um mundo sem fumo”, afirmou Marcelo Nico, diretor-geral da Tabaqueira, no primeiro episódio do podcast The Best of Portugal, uma iniciativa do SOL e da Euronews Portugal.
A privatização em 1997 foi o primeiro passo desta revolução. Desde então, foram investidos mais de 400 milhões de euros na modernização da unidade de produção em Albarraque, Sintra. E o impacto é significativo: de 3% de produção exportada, a empresa passou a exportar mais de 90%, posicionando-se como um dos maiores exportadores nacionais
Tecnologia, talento e sustentabilidade
Além da produção, a Tabaqueira tornou-se num polo tecnológico estratégico para a PMI. “Hoje temos mais de 220 engenheiros de software que trabalham connosco. É o segundo maior centro de tecnologia da PMI no mundo”, revela Marcelo Nico. A equipa portuguesa desenvolve software utilizado em mais de 160 países, desde dispositivos de tabaco aquecido até sistemas de manutenção preditiva em fábricas globais.
A sustentabilidade também está no centro desta transformação. A empresa já atingiu a neutralidade carbónica na sua fábrica e investe em energia solar, veículos elétricos e projetos de educação ambiental em colaboração com o município local. “Reduzimos mais de 40% do consumo de água e teremos 40% da energia solar em breve”, sublinha Marcelo Nico.
Mas o impacto da Tabaqueira vai além da tecnologia e do ambiente. Com 1.500 trabalhadores — metade com até 35 anos— e uma rede de mais de 3.000 fornecedores nacionais, a empresa representa uma âncora económica para a região e para o país. “Estamos a formar talento português para trabalhar a partir de Portugal para o mundo”, acrescenta o diretor-geral.
A aposta no talento é uma prioridade. Parcerias com universidades e requalificação interna permitiram adaptar as equipas à nova realidade industrial. Se antes a fábrica era operada por especialistas em pequenas tarefas, hoje procura-se uma visão global e tecnológica dos processos. “O talento é a pedra fundamental da nossa transformação”, resume o responsável.
O caminho para um mundo sem fumo
A mudança mais disruptiva da Tabaqueira passa por abandonar gradualmente a produção do cigarro tradicional e apostar em produtos alternativos de risco reduzido, como o tabaco aquecido. É de realçar que nocividade está na combustão (no fumo) e não na nicotina.
Atualmente, revela Marcelo Nico, 42% das receitas globais da PMI já não vêm dos cigarros. “Queremos que o cigarro seja uma peça de museu”.
No entanto, para concretizar esta transformação, a empresa enfrenta desafios regulatórios e sociais. “É fundamental o diálogo com reguladores, utilizadores e a sociedade. O objetivo é garantir que quem continua a usar nicotina tenha acesso a melhores alternativas do que continuar a fumar.”, defende o diretor-geral.