Luísa Magalhães Ramos. “Para muitas mulheres a cirurgia plástica é um sonho”

Transforma vidas e não foi preciso muito tempo para entender que seria esse o seu caminho. Num meio maioritariamente masculino, foi pioneira ao criar um projeto de mulheres para mulheres. E o que a motiva é tentar ser sempre melhor.

Luísa Magalhães Ramos é um dos nomes mais sonantes do país no ramo da cirurgia plástica e abriu-nos as portas do seu consultório em Cascais, para nos falar mais deste seu trabalho que é também a sua maior paixão.

Ao entrarmos na LMR Clínica de Cirurgia Plástica, em Cascais, temos a sensação de entrar numa cúpula de serenidade, leveza e imperturbabilidade. Os tons pastel, quentes, dominam todo o espaço. Estamos sentados à espera da Doutora Luísa Magalhães Ramos que, ao chegar, nos cumprimenta com simpatia. Somos depois encaminhados para um dos gabinetes onde a «magia» acontece. Tal como se lê na biografia disponível no site oficial das suas clínicas, Luísa Magalhães Ramos fez o Curso de Medicina na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. No último ano da Faculdade, fez Erasmus no Hospital Universitário de Gent, na Bélgica, estágio que foi fundamental para a escolha da Especialidade de Cirurgia Plástica, pois o serviço de Gent era, na altura, um dos mais avançados do mundo. Ficou fascinada e, depois de viajar para várias partes do globo para procurar por mais conhecimento, decidiu criar um projeto pioneiro em Portugal – uma clínica de cirurgia plástica composta por mulheres, para mulheres. Hoje, não podia estar mais satisfeita com os resultados alcançados e por ser uma referência de profissionalismo tanto no país como além fronteiras.

Antes de querer seguir medicina, quis ser maquilhadora. Como é que surge esta paixão na sua vida?
A parte da maquilhagem era uma coisa que gostava quando era miúda. Gostava bastante, mas na altura não havia assim grandes oportunidades. Hoje em dia vemos várias pessoas no Instagram que criaram as próprias marcas, etc. Na altura, não foi assim muito bem recebido lá em casa. (risos) Mas medicina foi sempre uma coisa que também me atraiu. A minha avó era enfermeira e eu ia com ela ao hospital quando estava de férias. Ela tomava conta de mim, porque os meus pais também estavam a trabalhar. O bichinho foi nascendo e crescendo. Depois entrei em medicina e, na verdade, sempre soube que queria trabalhar com mulheres. Sempre me identifiquei mais em todos os estágios que fazia. Quando tinha de lidar com clientes femininas, de alguma forma achava que tinha mais empatia, para mim era mais fácil comunicar e gerir as coisas. Fiquei um bocadinho indecisa entre a ginecologia, cirurgia plástica e dermatologia. Mas sempre gostei muito de uma especialidade cirúrgica. Nós temos as especialidades médicas – onde não há o «corta e cose» –, são especialidades menos invasivas; e depois temos as especialidades cirúrgicas que, no fundo, implicam uma coisa de mais ação. É um trabalho mais manual.

Muita gente ainda tem dificuldade em compreender a diferença entre cirurgia plástica e medicina estética… Um cirurgião plástico tem um treino completamente diferente de um médico que faz apenas medicina estética. Primeiro, para sermos médicos, temos de ir para uma faculdade de medicina. Depois, no meu caso, fazer uma coisa que havia antigamente que era um internato geral (mais dois anos). Após esse internato, entrar numa especialidade, neste caso cirurgia plástica, que são mais seis anos… Portanto, na minha situação foram 14 anos de estudos. Um médico de cirurgia estética faz o curso de medicina, o ano comum, e depois pode dedicar-se à medicina estética, fazer uma pós-graduação que são normalmente curtas e já existem online. E depois pode fazer os procedimentos. Esses procedimentos são minimamente invasivos, como os botox’s, os lasers, os preenchimentos… Coisas que não devem implicar cortes nem grande agressividade porque não tiveram o treino adequado para isso.  Os cirurgiões, de facto, têm um treino intensivo nos hospitais, a tratar situações graves de reconstruções, de queimados… Ou seja, quando se fala num cirurgião plástico, associa-se só à parte estética, mas a nossa base é reconstrutiva que depois nos permite evoluir para a parte estética. Mas a parte reconstrutiva, no fundo, é aquela que depois nos permite lidar com complicações, situações adversas… Porque qualquer cirurgia tem uma probabilidade, ainda que baixa, de ter uma complicação.  Isso só não acontece a quem não opera. Depois aquilo que distingue os médicos é a capacidade que têm de resolver as complicações que surgem. Por isso, é preciso um longo treino antes de se proceder a uma cirurgia: primeiro, saber fazê-la de forma segura, com a menor probabilidade de complicações e, depois, se surgir alguma, saber detetá-la e resolvê-la.

Tal como disse, o seu percurso académico foi longo e estudou também lá fora. Demorou muito tempo a decidir que seria por aqui? Não! Foi muito rápido! (risos) Eu estive na Bélgica, a fazer Erasmus, e havia um serviço de cirurgia plástica incrível. Depois de passar lá alguns meses percebi que era isso que queria fazer. Ficou completamente definido aquilo que eu queria. Costumo dizer que tenho a sorte de fazer uma coisa que gosto muito. O trabalho não custa, porque faço mesmo com prazer e amor. No fundo, também tem uma componente de estudo contínuo. Ou seja, nós temos a oportunidade de estar constantemente a estudar, investigar e evoluir. É óbvio que com a experiência os resultados ficam melhores… A verdade é que uma pessoa, como no meu caso, que faz imensos liftings, imensa cirurgia da face, ao fim de ter feito não sei quantos procedimentos, tem uma experiência muito maior. Isso vem com o volume do trabalho e com o tempo.

Tem algum sentimento de missão? O que é que a motiva?
Ser a melhor… É para isso que eu trabalho. Não estou a dizer que sou a melhor. Estou a dizer que o que me motiva é tentar ser a melhor. Trabalho para ser a melhor naquilo que faço, para oferecer o melhor, para  ter resultados cada vez melhores.

É uma responsabilidade grande… Até porque transforma vidas…
Claro! E repare… Para nós, a partir de determinada altura, é um bocadinho rotineiro. Todos os trabalhos têm uma rotina… É com o seu: faz as entrevistas, escreve as peças, claro que todos os dias conhece pessoas diferentes, de áreas diferentes, mas ao final de algum tempo já entrevistou muitas pessoas e as entrevistas já lhe parecem todas parecidas. No meu caso, ao fim de algum tempo, eu olho para uma maminha e já sei de cor e salteado o que é que é preciso fazer. A dificuldade que efetivamente existe a partir do momento em que as coisas para nós são tão claras, tão translúcidas, é termos cuidado e percebermos que é a primeira vez que a pessoa que está à nossa frente vai fazer uma intervenção destas… Portanto, conseguirmos voltar a descer como se fosse a primeira vez que estamos a falar sobre este assunto. Para quem se vai submeter à cirurgia é de facto a primeira vez que está a ouvir falar das coisas. Talvez seja uma dificuldade que nós vamos tendo com a experiência e a rotina. Temos sempre de ter essa consciência. Olharmos para a pessoa e percebermos que está a fazer um grande esforço.

Pois… Porque para muitas mulheres acredito que seja mesmo um grande esforço…
Para muitas mulheres, a cirurgia plástica é um sonho, uma aspiração. Normalmente com as mulheres – e nós trabalhamos maioritariamente com senhoras, não é que não tratemos homens –, quando estamos a explicar os procedimentos, é importante percebermos qual a expectativa, tentar lê-la, perceber o que é que a incomoda… As mulheres têm normalmente três ambições na vida: ter uma casa e um carro, terem filhos e, no fim, fazerem uma cirurgia estética. É o que nos dizem os estudos. Muitas senhoras, quando vão fazer uma cirurgia plástica, nesse ano, optam, por exemplo, por não fazer férias com a família… O investimento que vai fazer para a cirurgia vai ter impacto no resto da família. Claro que as mulheres põem-se sempre em terceiro, quarto, quinto lugar… E, às vezes, quando olham para elas próprias, já estão numa fase de muito desgaste. Embora eu veja, cada vez mais, que as mulheres se priorizam. Antigamente não se falava tanto da importância da autoestima, do bem estar, de ser importante a mulher olhar para si para depois desempenhar todos os outros papéis. Mesmo assim, tende a colocar-se a ela própria atrás. Portanto, quando chega o momento de finalmente fazer uma cirurgia plástica, esse sonho deve ser tratado com o maior respeito. Não é só uma cirurgia plástica, estamos a realizar o sonho de uma mulher que quer usar aquele vestido sem costas, de finalmente não ter de andar com almofadas porque as maminhas não estão no sítio. É isso que eu acho que é importante e que transmito à minha equipa. As pessoas têm de se sentir especiais nestes momentos.

Tal como disse, trabalha maioritariamente para mulheres, mas também com mulheres. A sua equipa é composta apenas por senhoras. De onde surgiu essa ideia? Queria que assim fosse desde o princípio?
Sim! Este meio é maioritariamente masculino e eu achei que seria bom termos um conceito que nos diferenciasse um bocadinho daquilo que existia. Há um público grande, por isso não precisávamos de chegar a toda a gente. Podíamos chegar ao público com o qual mais nos identificávamos, neste caso, maioritariamente mulheres que já foram mães. É, no fundo, a faixa de doentes que mais nos procura. Claro que temos meninas mais novas, que vêm fazer outro tipo de cirurgias… Neste momento, já trato as filhas das minhas doentes. (risos)

Teve dificuldade em encontrar o seu lugar?
Não, porque ele estava vazio. (risos) A verdade é que, quando comecei a trabalhar nesta área, na parte privada, havia muito pouca oferta. Hoje em dia já há muito mais mulheres a fazer aquilo que nós fazemos. Mas na altura não era assim. Éramos muito poucas e muitas não estavam 100% dedicadas a isto. Quando eu comecei, dediquei-me mesmo ao projeto. Sempre muito focada. Acho que foi isso que permitiu que houvesse este crescimento, esta formação da equipa. Formar uma equipa demora muito tempo…

Há ainda preconceito relativamente a esta área? Há quem ainda ache que estes procedimentos são feitos por vaidade e por futilidade, que não permitem que as pessoas gostem de si como são…
Acho que já existe muito menos preconceito, mas claro que ele ainda existe… Por exemplo, ainda ontem tive uma senhora super religiosa em consulta que quer imenso fazer uma cirurgia. No entanto, como não é uma cirurgia necessária do ponto de vista de vida ou de morte, sente-se muito culpada por estar a tomar esta decisão. Isto tem a ver com a moral judaico-cristã tradicional e vigente no nosso país. Os americanos, por exemplo, não têm este tipo de mentalidade. A nossa cultura formata um bocadinho a nossa forma de pensar. Mas como disse há pouco, acho que é cada vez mais aceite. Aliás, ambas as coisas têm de ser aceites: «O meu corpo é assim, eu não vou mudar nada e têm de me aceitar tal como sou», ou «Estou desconfortável, é importante para mim mudar e eu quero fazer uma cirurgia». Acho que, no fundo, são situações quase paralelas, mas em que as opções das mulheres são diferentes. Uma diz: «A minha barriga é horrível, mas eu tenho orgulho nela e vou mostrá-la», a ideia do body positive. Mas isso implica também que uma pessoa que esteja muito desconfortável com a sua barriga, possa mudar. Isso também é válido. As pessoas têm o direito de fazer ou não fazer algo que as ajude a sentir-se melhor com elas próprias.

É necessário acompanhamento psicológico após algumas cirurgias? Acredito que haja senhoras que “não se reconheçam” depois de determinadas cirurgias… É importante dar atenção à parte psicológica…
Normalmente aquilo que fazemos é pedir uma avaliação psicológica antes da cirurgia. Regra geral, pelo menos nas minhas clínicas, o impacto na autoestima é tão grande que eu não sinto que a cirurgia provoque essa necessidade de acompanhamento psicológico. A cirurgia por si só é terapêutica. Claro que se houver uma complicação, alguma coisa que não corra tão bem, é mais difícil de  lidar. Mas essas situações, felizmente, são raras. É importante que as pessoas tenham noção que fazer uma cirurgia plástica não é a mesma coisa do que ir ao cabeleireiro.  Uma coisa é um penteado… Na pior das hipóteses corta-se o cabelo e ele volta a crescer. A cirurgia plástica tem consequências permanentes, nomeadamente as cicatrizes, etc. Há coisas que nós não conseguimos antever como vão ficar. Cada corpo é um corpo, cada corpo reage de uma determinada maneira… Fazendo as coisas da mesma maneira em diferentes pessoas, não obtemos o mesmo resultado. Nós não somos como um robô ou um frigorífico que entram numa linha de montagem e o resultado sai sempre igual. Aqui é uma questão de saber gerir expectativas. Não há milagres. Nós conseguimos a melhoria, não a perfeição.

Com as redes sociais, vemos mulheres cada vez mais jovens a procurar por cirurgias estéticas. Tem sentido isso nas suas clínicas? 
Sim. Eu era um bocadinho reticente relativamente ao botox preventivo, etc. Achava aquilo um bocado exagerado. Comecei a fazer botox um bocadinho mais tarde. Mas agora vejo mulheres no consultório de 35 e 36 anos que parecem autênticas miúdas de 20 e pouco, porque efetivamente começaram a fazer procedimentos mais cedo. Se calhar eu estava errada e esta tendência veio para ficar e, se não for exagerada, vai ter muito bons resultados a longo prazo em termos de prevenção do envelhecimento.

Mas acredito que existam perigos.  
Tudo o que é exagerado, mal aplicado, que não tem indicação, provoca caras disformes, alteradas, com pouca expressão. No entanto, bem feito, com cuidado, nos sítios certos, só tem para correr bem.

Neste momento, o que é que as mulheres mais procuram nas suas clínicas? Depende da faixa etária em questão, porque nós temos diferentes áreas. Cada uma de nós está especializada em diferentes áreas. Eu trabalho um bocadinho mais com mulheres mais maduras, pós-menopausa. As preocupações dessas mulheres são diferentes daquelas que acabaram de ter um bebé e que estão com a barriga ou as maminhas um bocado desfeitas. Com as minhas pacientes mais velhas, também tenho aprendido muito, porque nós achamos que quando tivermos 70 já não queremos fazer nada… Agora vejo senhoras de 70/75 anos que têm ótimos estados gerais, ótimas condições de saúde, que viajam imenso, têm namorados ou maridos, vão sair com as amigas… Têm vidas sociais intensas e querem manter-se bem, porque para elas, aquilo que reflete no espelho, aquilo que veem – como se sentem cheias de energia –, não coincide com o que sentem no interior. Querem ter uma imagem exterior que vá ao encontro da forma como se sentem. É engraçado porque quando somos mais novas pensamos: «Ai, aos 70 anos é que vou pensar nisso?». Sim! Há vida para além dos 70 anos! Aprendo muito com essas mulheres!

Estas senhoras mais maduras procuram mais cirurgias de rejuvenescimento de rosto, porque é aquilo que acaba por incomodar mais. A cara é aquilo que toda a gente vê.

Numa faixa etária mais jovem, é a mamoplastia de aumento e lipoescultura. Rinoplastia também é um procedimento frequente. E depois dos bebés, a lipoescultura, ou abdominoplastia, que permite reposicionar os músculos da parede abdominal, tirar o excesso de pele, voltar a definir.

Uma tendência que é um bocadinho geral é a parte do glúteo, que pode ser tratada com próteses, enxerto de gordura, ou até com tratamentos minimamente invasivos, com bioestimuladores, etc. É uma área que antigamente não era tão procurada. As pessoas têm dado cada vez mais atenção a esta zona.

Por volta dos 40, temos muitas mulheres preocupadas com os olhos. Queixam-se muito do olhar ficar mais descaído, mais pesado, mais triste. No fundo acho que é mais ou menos esse o ciclo da vida.  

O vício em cirurgias plásticas é uma realidade?
Não é uma questão de ser um vício. É uma questão da pessoa perceber que há um caminho para o problema que a incomoda. Muitas vezes a dificuldade é dar o salto para o desconhecido. Uma pessoa que nunca foi operada tomar a decisão de avançar, de se submeter a uma cirurgia para melhorar alguma coisa… Vamos assumir que as pessoas não são malucas. (risos) Se alguém se submete a uma cirurgia para melhorar qualquer coisa é porque, de facto, aquilo a incomoda. Depois desse salto, das coisas correrem bem, encontrarem uma equipa que as faz sentir confortáveis, é mais fácil terem coragem para tratar outros problemas que não quer dizer que existam naquele momento, mas que podem vir a surgir com o tempo. Não é uma coisa precipitada.

As clínicas têm então um papel importante para chamar a atenção quando “está a ser demais”?
Claro que sim! Mas repare, cada um também cria um bocadinho a sua clientela. A nossa comunicação é séria, informativa, sensível. Por isso, acabamos por atrair pessoas que se identificam com isso. Às vezes perguntam-me se me chegam pessoas com fotografias a dizer que querem ficar iguais… Acontecem-me poucas vezes. Em relação às maminhas até sou eu que peço que me tragam uma foto para perceber mais ou menos o que desejam. Quem procura resultados exagerados não os vai encontrar aqui.

Os homens também estão a aderir cada vez mais à cirurgia plástica? Quais os procedimentos que mais procuram?
No nosso caso é mais caro. Fazemos também algumas lipoaspirações, mas nos homens tratamos sobretudo rosto, pálpebras, nariz e lifting. Não lhe consigo dizer genericamente porque não comunicamos para o público masculino, os que nos chegam são os maridos, os pais, os filhos das nossas clientes. Também temos pacientes internacionais que adoram o conceito, sentem-se muito bem tratados. 

Já esteve lá fora várias vezes (incluindo para estudar) e recebe alunos estrangeiros nas suas clínicas. O mercado é muito diferente além fronteiras? Recebemos alunos, colegas de outros países… Criei este conceito que não havia. Mesmo lá fora. Quando ia aos congressos e apresentava o nosso projeto, fui de alguma forma pioneira e foi aspiracional para outras colegas. Não acho que as pessoas procurem coisas muito diferentes lá fora. Agora, o poder financeiro sim, é bastante maior. O rendimento livre disponível que fica ao final do mês ou de um ano de trabalho é maior. Acho que essa é a maior diferença que há. Aqui a maior parte das pessoas, tal como lhe dizia, fazem um grande esforço financeiro, deixam de ir férias… Claro que há países onde as senhoras gostam muito de glúteos enormes, mamas muito grandes, cinturas muito finas… Isso são gostos e contextos sociais.

O que espera do futuro?
Quero continuar a dedicar-me às minhas doentes, continuar a dedicar-me à cirurgia da face, que é aquilo que estou a fazer mais neste momento… Quero continuar a formar, a partilhar o conhecimento, desfrutar, olhar para as coisas e vê-las a funcionar.