China e EUA reforçam consenso económico em Londres para estabilizar relações comerciais

A China e os Estados Unidos realizaram, nos dias 9 e 10 de junho, em Londres, a primeira reunião do novo mecanismo de consulta económica e comercial, consolidando entendimentos estratégicos definidos ao mais alto nível e assinalando progressos na cooperação bilateral.

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O encontro, amplamente noticiado por órgãos de comunicação internacionais, foi organizado na sequência do consenso alcançado entre os presidentes Xi Jinping e Donald Trump durante uma conversa telefónica realizada no dia 5 do mesmo mês.

Durante dois dias de negociações, as delegações de ambos os países mantiveram diálogos abertos e substanciais. De acordo com fontes oficiais, foi alcançado um entendimento preliminar sobre o quadro de medidas para aplicar os consensos estabelecidos entre os líderes, bem como para consolidar os resultados das anteriores conversações económicas e comerciais realizadas em Genebra. As duas partes também registaram avanços no tratamento de preocupações mútuas.

Ambos os lados reiteraram o compromisso de trabalhar em conjunto na implementação séria e coordenada dos consensos alcançados. Segundo o professor Li Haidong, da Universidade de Assuntos Estrangeiros da China, o desfecho da reunião reflete a disposição mútua em gerir divergências e fomentar um desenvolvimento estável e saudável das relações económicas e comerciais sino-americanas. O académico sublinhou que esse progresso corresponde às expectativas da comunidade internacional e representa um impulso positivo para a economia global.

A China voltou a enfatizar que Pequim e Washington partilham interesses comuns consideráveis e um vasto potencial de cooperação. Após as negociações em Genebra, realizadas em maio, a parte chinesa aplicou com rigor os acordos firmados, tendo revogado ou suspendido medidas tarifárias e não tarifárias em resposta aos Estados Unidos.

A conversa entre os dois chefes de Estado, em 5 de junho, foi descrita por fontes diplomáticas como um momento-chave de reorientação da relação bilateral. No entanto, Pequim também reiterou os seus princípios: não pretende envolver-se em conflitos comerciais, mas está preparada para defender os seus interesses se necessário. A posição chinesa é clara ao afirmar que a coerção não surte efeito.

Num contexto de incerteza económica crescente, acentuado por medidas protecionistas, o Banco Mundial reviu recentemente em baixa a previsão de crescimento global para 2025. Neste cenário, analistas sublinham que cabe à China e aos Estados Unidos, como as duas maiores economias do mundo, a responsabilidade de reduzir mal-entendidos, promover a cooperação e contribuir para a estabilidade económica internacional – em benefício dos seus cidadãos e da comunidade global.