Durante meses a Polícia Judiciária (PJ) e o Ministério Público (MP) ponderaram qual o melhor momento para desencadear a operação Desarme 3D. Há mais de quatro anos que os principais elementos do Movimento Armilar Lusitano (MAL) estavam sob vigilância. Os seus telemóveis eram escutados e as conversas em páginas no Facebook e em canais no Telegram eram acompanhadas. Os inspetores sabiam dos encontros, reuniões e intenção de fabricar armas através da impressão em 3D: até o número de encomendas de materiais feitas online tinha sido recolhido. Todavia, nada os tinha preparado para o que viriam encontrar. «Nunca pensámos que tivessem tanto material. Foi completamente surpreendente», diz ao Nascer do SOL uma fonte da investigação.
Sobretudo nas casas de Bruno Gonçalves e Bruno Carrilho, os dois principais suspeitos, foram encontrados materiais que os inspetores nem conseguiram identificar e que tiveram de enviar para análise em laboratório. Mas entre armas legais e ilegais, a operação Desarme 3D apreendeu nas residências dos dois arguidos petardos, explosivos plásticos militares, cordão detonante, granadas de mão e de fumo, detonadores elétricos, uma carabina semiautomática com silenciador fabricada em 3D, uma pistola semiautomática, uma espingarda, carabinas de madeira, centenas de munições, miras telescópicas, facas, um projétil anticarro, capacetes táticos, partes de armas soltas e, sobretudo, várias impressoras em 3D.
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