Licenças parentais iguais exigiriam 0,13% do PIB mundial

O estudo da OIT revela que, a nível mundial, “a duração média da disparidade de género nas licenças parentais pagas era de 22,5 semanas ou 5,2 meses em 2024”.

Um investimento médio adicional de 0,13% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial bastaria para que mulheres e homens tivessem licenças parentais pagas em valores iguais.

Um estudo da Organização Internacional do Trabalho (OIT), divulgado esta terça-feira, refere que para terminar com as disparidades seria necessário um “investimento anual global adicional de 142 mil milhões de dólares [cerca de 123 mil milhões de euros] até 2035”.

“Isto representa um aumento médio de 0,13 % do PIB em todos os países, variando entre um adicional de 0,08 % do PIB na Europa e na Ásia Central e 0,49 % nos Estados Árabes”, lê-se no estudo.

A OIT aponta que os países enfrentam desafios na implementação efetiva das licenças parentais legais e que “para colmatar as disparidades entre homens e mulheres, é necessário um melhor equilíbrio entre as licenças de maternidade e de paternidade”.

O cálculo tem por base as “licenças parentais de 14 semanas pagas a 67% dos rendimentos anteriores, totalmente financiadas pela segurança social ou por fundos públicos”.

 O estudo da OIT revela que, a nível mundial, “a duração média da disparidade de género nas licenças parentais pagas era de 22,5 semanas ou 5,2 meses em 2024”.

“Isto significa que, em média, as mães têm direito a mais cinco meses de licença remunerada do que os pais após o nascimento ou a adoção de uma criança”, aponta a agência das Nações Unidas especializada nas questões laborais.