O primeiro-ministro revelou que o Governo tem como objetivo o investimento de 3,5% do PIB em Defesa na próxima década, comprometendo-se em chegar já aos 2%.
“Nós assumimos já o encargo de este ano atingir 2% do PIB na área da defesa”, afirmou Luís Montenegro, esta quarta-feira à chegada à chegada da cimeira da NATO, em Haia, acrescentando que este é um investimento que vai continuar nos próximos anos, dentro de um contexto de equilíbrio”, chegando aos tais 3,5% do PIB nos anos seguintes.
O líder do Executivo deixou ainda a garantia de que o reforço de investimento na Defesa não colocará em causa a situação financeira do país.
“Não queremos gastar apenas mais dinheiro, queremos poder investir mais na nossa indústria e economia, assim como recursos humanos, aumentando os postos de trabalho”, disse.
O primeiro-ministro garantiu que o investimento na defesa não vai colocar em causa a situação financeira do país.
Para Montenegro, o objetivo de uma maior aposta dos países da NATO na área da segurança e defesa é “um marco significativo da assunção de uma corresponsabilidade” de, nomeadamente, a Europa, poder enfrentar “as ameaças”, assegurando “aos cidadãos europeus, e também aos portugueses, o cumprir da nossa democracia, dos direitos fundamentais dos cidadãos e da possibilidade de podermos continuar a ser uma nação soberana com os nossos aliados a constituírem connosco um espaço de dissuasão de qualquer ameaça”.
O primeiro-ministro referiu-se ainda à guerra na Ucrânia, reiterando o apoio de Portugal e da NATO a Kiev.
“Mais uma vez, creio que na Aliança Atlântica ficará muito claro o apoio à Ucrânia na procura de uma paz justa e duradoura. Uma paz com a Ucrânia e com a Europa também”.
Recorde-se que os chefes de Estado e de Governo dos 32 países que compõem a NATO estão reunidos para discutir e assinar um acordo de investimento para a próxima década, em princípio, que deverá fixar a meta de dedicar 5% do PIB à defesa.