A conta de Instagram da ativista Francisca de Magalhães Barros foi esta semana desativada pela META.
Em declarações ao Nascer do SOL, a ativista pelos direitos das mulheres refere que, em causa, estão várias “denúncias em massa” que assentam no “ódio machista”, e considera a decisão da META “absolutamente repugnante”.
Várias associações e figuras públicas manifestaram-se em solidariedade para com a também colunista do Nascer do SOL, estando contra a decisão da META.
“A conta de Instagram de Francisca Barros, ativista feminista, foi injustamente removida de forma permanente pela Meta”, diz numa nota da associação Feministas em Movimento (FEM). “Num momento em que assistimos a uma escalada de discursos de ódio e à censura de vozes críticas, esta decisão é inaceitável. Silenciar a Francisca é silenciar quem denuncia o machismo, a misoginia, a violência de género e muitas outras violências que enfrentamos diariamente”.
A FEM manifesta ainda “total solidariedade” com a ativista. “A liberdade de expressão não pode estar à mercê de algoritmos opacos e de políticas que acabam por proteger quem oprime e censurar quem resiste”.
A apresentadora Iva Domingues também tomou uma posição pública, manifestando apoio à ativista.
“Mais uma vez, a META errou. E errou feio.É revoltante constatar que a META — a gigante por trás do Instagram e do Facebook — continua a falhar no que deveria ser uma prioridade: proteger quem luta por justiça e silenciar quem promove o ódio. A conta da Francisca, uma voz essencial na denúncia da violência doméstica e na defesa dos direitos das mulheres, foi desativada. Enquanto isso, continuam ativas milhares de contas que promovem discursos misóginos, incitam violência, espalham ódio e desinformação”, pode ler-se numa nota que a empresentadora de televisão publicou no Instagram.