Sogrape: Há 82 anos a inovar no vinho

Empresa familiar, líder em vinhos, une inovação, talento e sustentabilidade para crescer sem perder a alma. Uma história de resiliência para conhecer em mais um episódio do podcast ‘The Best of Portugal’.


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Fátima Ferrão entrevista André Campos, Head of Strategy & Innovation da Sogrape

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Fundada em 1942, a Sogrape nasceu da ambição de inovar em tempos difíceis. “Portugal estava em plena ditadura, fechado ao mundo, e alguém se lembra de criar um vinho já com uma mentalidade de exportação”, recorda André Campos, Chief People and Transformation Officer (CPTP) da Sogrape, sobre o surgimento do icónico Mateus Rosé. O sucesso global deste vinho foi apenas o início de uma história marcada por excelência e visão estratégica.

Hoje, com mais de 120 mercados no portfólio, a Sogrape equilibra duas vertentes raras na indústria: vinhos de marca massificada e vinhos de prestígio, como o emblemático Barca Velha. “É uma das nossas maiores forças”, sublinha André Campos. “O Mateus Rosé é o vinho português mais vendido no mundo, e o Barca Velha, uma referência absoluta de qualidade.”

A história da empresa divide-se em quatro grandes fases: inovação inicial, diversificação com aquisição de marcas como Sandeman, no Vinho do Porto, e Casa Ferreirinha, internacionalização e, atualmente, crescimento sustentável. “A Sogrape é produtora em países como Argentina, Chile e Nova Zelândia. Não é só exportadora, é multinacional na verdadeira aceção da palavra.”

Nas palavras do responsável da Sogrape, o segredo do sucesso contínuo está numa cultura empresarial de exceção, muito enraizada em toda a equipa. “É uma cultura de exigência, mas de familiaridade. Os colaboradores sentem-se parte da Sogrape”, diz André Campos, que acredita que a liderança tem sido essencial para manter os valores e impulsionar a transformação. “Temos um programa de transformação liderado por pessoas da casa. O maior risco para a nossa cultura seria desenhar o futuro sem elas.”

A inovação, motor desde o início, mantém-se ativa. Por exemplo, em 2023, a empresa lançou um fundo de venture capital para investir em startups ligadas à cadeia de valor do vinho. “Queremos apoiar quem faz tão bem ou melhor do que nós.”

Na mesma linha de inovação, o compromisso com a sustentabilidade é transversal. “Não é moda. Está no ADN da Sogrape”, garante o CPTP. O programa “Seed the Future” integra práticas alinhadas com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU e, além disso, a empresa cultiva relações de parceria com mais de dois mil viticultores e apoia comunidades locais. “Partilhamos informação e promovemos colaboração. Não é uma relação cliente-fornecedor.”

O vinho Barca Velha exemplifica igualmente o compromisso com a qualidade: “Só sai em anos excecionais. É um produto que acreditamos ser perfeito.” Essa exigência é possível por ser uma empresa familiar com visão de longo prazo. “Não se trata de resultados de um ano, mas do legado que deixamos.”

No plano interno, a Sogrape destaca-se como empregadora. “As pessoas não vão para o trabalho, vão para a Sogrape. Temos colaboradores com 30, 40, até 50 anos de casa.” Esta reputação, defende André Campos, ajuda a atrair e a reter talento. “Mostramos que é possível desenvolver competências de futuro numa empresa com alma.”

Para André Campos, o futuro passa por continuar a crescer com qualidade, reforçando a internacionalização e mantendo o foco no talento e na autenticidade: “Queremos ser future makers, não future takers.”

A história da Sogrape é feita de pessoas, tradição, visão e coragem para inovar, sempre com um propósito claro: criar momentos memoráveis com os seus vinhos.


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