Um sismo de magnitude 8.8 perto da península russa de Kamchatka, um dos mais fortes registados no mundo, ocorreu na madrugada desta quarta-feira (00h25 em Portugal continental), a 20,7 quilómetros de profundidade e a 126 quilómetros da costa.
O abalo provocou um tsunami na região norte do Pacífico e levou à emissão de avisos para o Alasca, Havai e várias costas a sul, até à Nova Zelândia. A central de Fukushima foi evacuado por precaução.
Na cidade de Severo-Kourilsk, no norte do arquipélago russo das ilhas Curilas, vários tsunamis inundaram as ruas e parte dos dois mil habitantes foram retirados, de acordo com o Ministério de Situações de Emergência.
O serviço sismológico de Kamchatka alertou que são esperadas réplicas de até 7,5.
No Japão, cerca de dois milhões de pessoas receberam ordens para abandonar as suas habitações ou zonas costeiras devido ao risco de tsunami e os funcionários da central nuclear de Fukushima, destruída por um forte terremoto e um tsunami em março de 2011, também foram retirados.
A China também emitiu alerta de tsunami para várias zonas da costa e as Filipinas apelaram aos habitantes da costa leste do país a deslocarem-se para o interior.
No Havai, já atingido por ondas do tsunami, o governador do estado norte-americano decretou emergência e ordenou a evacuação de várias zonas.
Josh Green deixou ainda um apelo para que as pessoas não fiquem na costa e não arrisquem a vida “apenas para ver como é um tsunami”.