Há 10 aeronaves da Força Aérea que podem combater incêndios mas falta-lhe “kits” para realizarem missão

Aparelhos teriam de ser adaptados com um “sistema modular aerotransportável de combate a incêndios”.

A Força Aérea tem 10 aeronaves, que não estão a ser utilizadas no combate às chamas nos incêndios rurais, porque  o Estado não comprou os “kits” que permitem adaptar os aparelhos para esta missão.

Trata-se de três aviões pesados e sete helicópteros ligeiros da Força Aérea Portuguesa que, segundo o Público, teriam de ser adaptados com um “sistema modular aerotransportável de combate a incêndios”, que integra um tanque com capacidade para transportar 12 mil litros.

Os KC-390 que Portugal comprou à brasileira Embraer não têm como missão primordial o combate a incêndios, mas podem ser usados nessas missões, como disse, em agosto de 2019, o então ministro da Defesa João Gomes Cravinho, que sublinhou o duplo uso, civil e militar, dos aparelhos, mas não revelou que o contrato não previa a compra do “kit”, recorda o mesmo jornal.

Estes aparelhos abastecem de água num aeródromo, ao contrário de outros que conseguem reabastecer-se rapidamente num rio ou num lago, e precisa de cerca de 40 minutos para voltar a descolar, o que condiciona o ritmo das descargas.

Por outro lado, sublinha ainda o Público, os KC-390 conseguem transportar 12 mil litros de água e não precisam de a largar de uma só vez, podendo uma única carga ser utilizada em vários incêndios.