‘Na altura de época alta não se justifica baixar os preços’

André Gomes diz que há uma predominância do mercado nacional, no Algarve, nesta altura do ano, o que contraria ‘narrativas e perceções que não têm correspondência com a realidade’. E lembra que há oferta para todas as carteiras, até porque entende que é um destino que deve ser usufruído por todos

Como está a correr o verão no Algarve? Tudo indica que irá bater novos recordes…
Está a correr dentro daquilo que era a expectativa, se calhar até um pouco melhor, tendo em conta alguns sinais que iam surgindo, mas tem havido muitas reservas de última hora. Termos uma ocupação quase plena, acima dos 95%, e é expectável que venhamos a ter um verão ainda melhor do que o do ano passado. Já não se trata tanto de falar de recordes, mas de um crescimento sustentado e sustentável, conforme é o nosso desejo e o objetivo para o qual estamos a trabalhar.

As reservas de última hora são habituais? 

Tem sido uma tendência que se tem verificado nos últimos anos, provavelmente já desde a pandemia, independentemente da altura do ano. Muitas vezes motivada pelas condições meteorológicas, que agora não são tão certas como eram há uns anos, resultado das alterações climáticas. 

Neste momento, quem tem maior peso? Os turistas nacionais ou estrangeiros? 

Há uma predominância do mercado nacional, o que nos deixa extremamente satisfeitos por contrariarmos aquilo que são, às vezes, narrativas e perceções que não têm correspondência com a realidade. O Algarve continua a ser o destino preferido dos portugueses, nomeadamente na altura do verão. As famílias portuguesas continuam a reconhecer a qualidade, a diversidade, o que faz com que todos os anos, repetidamente, continuem a vir para o Algarve. E estamos a falar de turistas de todo o país, muitos deles até têm segundas residências, e que ficam fora das estatísticas do INE, assim como o alojamento local inferior a 10 camas, que também é muito procurado pelos portugueses. Os números que saem não correspondem totalmente à realidade dos factos. 

Em relação aos turistas estrangeiros?

São provenientes dos nossos principais mercados, o britânico e irlandês, mas registámos este ano uma recuperação do mercado alemão, que tardava em recuperar, o que se devia à situação económica do próprio país. Depois dentro daquilo que são os mercados diversificados temos assistido a um crescimento exponencial do mercado norte-americano e estamos a fazer uma aposta forte nos mercados do norte da Europa, aproveitando as novas ligações aéreas que conseguimos com esses países. Mas reforço a predominância muito grande do mercado nacional, não só durante o período do verão, mas durante todo o ano. Recordo, por exemplo, que no ano passado, contrariamente ao que muitas pessoas pensavam, um dos nossos principais mercados em termos de hóspedes foi o nacional, só foi ultrapassado pelo mercado britânico. Estamos a falar de resultados do ano 2024, claramente a tendência este ano é para continuar a registar esse crescimento, tanto ao nível de um mercado como do outro. Agora em junho, o mercado nacional subiu 5,5%, até mais do que o mercado internacional, mas também tem a ver com o facto de estarmos no verão, mas a verdade é que terminámos o primeiro semestre com resultados positivos no geral: a subir 2% em hóspedes, 0,5% em dormidas e estamos a subir uma percentagem maior em valor, cerca de 6%. Claramente é o caminho que queremos trilhar e que temos estado a trabalhar para o atingir. Os nossos desafios passam por qualificarmos e valorizarmos a nossa oferta durante o período da época alta porque competimos com destinos mundiais e continuamos a ser um dos principais destinos a nível internacional, além de nacional. 

Como vê as críticas quanto aos preços cobrados? Há quem diga que é mais barato ir para Espanha ou que tem os mesmos preços das Caraíbas… 

Temos uma diversidade de oferta que vai desde os AL [Alojamento Local] aos turismos rurais, aos hotéis de cinco estrelas de alta qualidade e premium com grandes marcas internacionais instaladas no Algarve, o que revela que acabamos por ter oferta para todas as carteiras e continuamos a assumir isso, até porque entendemos que toda a gente deve ter oportunidade de usufruir da oferta de um dos melhores destinos do mundo, não só a nível do sol e praia, mas também de outras ofertas que apresenta. Relativamente aos preços, temos dados que contrariam essa ideia. O Post Office Report 2025 do Reino Unido coloca-nos uma vez mais, nove anos depois, no topo das preferências em relação à qualidade de preço. Fomos considerados por este report britânico que é bastante relevante dentro da atividade turística, como o melhor destino na relação à qualidade de preço para este ano de 2025. Por outro lado, temos de comparar aquilo que é comparável, quando me dizem que é mais barato ir passar uma semana à República Dominicana do que vir ao Algarve, compreendo e aceito isso perfeitamente, mas a oferta que a República Dominicana apresenta nada tem a ver com aquilo que a oferta que o Algarve apresenta, nem em termos de qualidade e muito menos em termos de diversidade e de oportunidades do usufruto do território. Quando comparamos aquilo que é comparável somos dos destinos mais baratos, até porque não se registou uma subida exponencial dos preços na oferta turística do Algarve, de uma forma geral, não só a nível da hotelaria mas também do resto, como se verificou, por exemplo, nos anos anteriores, em que havia justificativos para tal, como as consequências da pandemia, a inflação e todo um conjunto de questões que fizeram com que os preços acabassem por subir. Este ano, os preços que subiram esteve relacionado com o aumento da qualidade da nossa oferta, resultado de uma aposta muito grande da região, do setor do turismo e dos empresários que reforçaram a qualificação da nossa oferta e a renovação de um conjunto de unidades. Já perdi a conta às unidades hoteleiras que foram, não vou dizer inauguradas, mas reinauguradas este ano. E havendo essa aposta na qualificação, obviamente isso também tem de se refletir no preço apresentado, e em particular nesta altura da época alta, em que temos uma maior procura, não justifica de todo que baixemos os preços. Isso não significa que, iremos impossibilitar que todas as pessoas usufruam porque temos uma oferta muito diversificada, mas devemos valorizá-la. 

Há espaço para todos os preços…

Às vezes, vejo notícias a dizer ‘fiz uma busca e não encontrei um alojamento no Algarve por menos de X’. Nessa altura, pego no telemóvel, faço uma busca e encontro. O nosso principal desafio, e é nisso que temos de continuar a trabalhar afincadamente, é em crescermos fora da época alta porque aí, sim temos margem para crescer. Felizmente temos vindo a verificar isso, ou seja, estamos a crescer mais fora do período da época alta do que propriamente durante o período da época alta.

Nessa altura, o peso dos portugueses também é maior?

Claro. Daí usar, muitas vezes, a expressão ‘o Algarve está logo ali’ para qualquer português, em qualquer fim de semana, num feriado, em que têm a oportunidade de experienciar o Algarve de uma forma completamente diferente. Por isso lançámos, na semana passada, a campanha ‘O Algarve só para ti’ dirigido ao mercado nacional e ao espanhol, porque a entidade regional só tem competências nestes dois mercados. É uma campanha que estamos a desenvolver nesta shoulder season, que começará a partir do final de setembro até quase iniciarmos uma nova época alta para o ano, que esperamos que seja no Carnaval ou na Páscoa. Também é com muito agrado que vemos rotas inicialmente planeadas só para a época alta a serem estendidas ou a tornarem-se rotas anuais. Por outro lado, trabalhamos na diversificação da oferta, tentando propiciar motivações de visitas específicas para esse período, nomeadamente ao nível do turismo de natureza, do turismo industrial, do turismo literário, ofertas que podem ser usufruídas, além do sol e mar e do golfe – os nossos segmentos mais premium e pelos quais somos mais reconhecidos internacionalmente – criando motivações de visita, por exemplo, através da atração dos grandes eventos internacionais.

O primeiro-ministro anunciou o possível regresso da Fórmula 1… 

É algo sobre o qual nunca esteve a porta fechada. Desde o início do trabalho que desenvolvemos com o falecido Paulo Pinheiro, fundador do Autódromo, que este esteve sempre esteve pronto e homologado para receber provas de Fórmula 1. Aconteceu em 2020 e 2021, por força da situação da pandemia, mas a verdade é que os contactos nunca deixaram de existir, agora até são mais facilitados, uma vez que, a empresa que gera a Fórmula 1 também é a mesma que gera o MotoGP. É uma hipótese que está em cima da mesa, temos reunido algumas vezes, no sentido de vermos se é possível esse regresso. Vamos continuar a trabalhar nesse sentido. 

Este eventos também funcionam como uma promoção da região…

Esta aposta nos grandes eventos acaba por ter dois principais objetivos. Por um lado, é inquestionável a promoção internacional do território, qualquer um destes eventos, como MotoGP, Fórmula 1 ou volta ao Algarve em bicicleta são internacionalmente muito reconhecidos e conferem uma oportunidade de promoção numa série de países onde são transmitidas essas provas. O mesmo acontece com o regresso das grandes provas internacionais do golfe à região, como o PGA Championship que está assegurado para os próximos três anos mais dois, dependendo daquilo que forem os resultados dos primeiros três anos. Por outro lado, quando se realizam fora da época alta é perfeito, porque permite-nos atrair uma atividade à região que sem esses eventos nem de longe nem de perto tem. Recordo que, cada vez que temos um MotoGP, ou quando tivemos a Fórmula 1, temos a hotelaria praticamente esgotada e não se trata apenas da hotelaria que é localizada no concelho onde acontece esse evento – tem impacto em toda a região. Além disso, há sempre um potencial turista para o futuro. Sei que há pilotos de moto GP que já compraram residências no Algarve, depois de terem vindo cá há cinco ou seis anos.

Em relação à mão-de-obra. Continua a preocupar os empresários da região? 

Tanto no setor do turismo como em muitos outros a situação mais ou menos mantém-se, infelizmente não há balas de prata para resolver isto de um dia para o outro. É um trabalho que se tem de ir fazendo. Já no ano passado não tinha visto tanta dificuldade por parte dos empresários em assegurar a sua mão-de-obra, até pelo esforço que fizeram em remunerar melhor e acompanho mais ou menos esse sentimento este ano. Ou seja, continuamos claramente a identificar necessidades de mão-de-obra para conseguirmos manter e até aumentar a qualidade dos serviços que prestamos, em particular nos segmentos premium. Estamos a fazer o nosso trabalho e passa inevitavelmente, não obstante as tendências ou as correntes políticas, pela integração, capacitação e qualificação dos imigrantes, sejam os que já cá estão, sejam outros que possam vir. Não consigo perceber como é que se pode contrariar esta necessidade e não fazer este trabalho de integração, de qualificação e de capacitação da imigração existente no nosso país porque estão disponíveis para fazer trabalhos, até porque não existem nacionais o para fazer. Quando olhamos para os números do desemprego, nomeadamente no Algarve, há alguns anos que se mantém na ordem dos 6%, costumo dizer que isso é o pleno emprego porque essas pessoas desempregadas dificilmente vão voltar ao mercado de trabalho. Precisamos destes imigrantes, agora o nosso desafio é proporcionar-lhes condições e aí entra a questão do desafio da habitação, da mobilidade e, por outro lado, dar-lhes competências para poderem acrescentar qualidade ao serviço que prestamos. Lançámos em setembro do ano passado, um programa com o Turismo de Portugal que se chama Competências Futuro Algarve, em que tínhamos um objetivo de chegar aos 1.400 formandos. Não chegámos ao objetivo, confesso, mas atingimos 1.000. Vamos lançar uma segunda fase.

E como vê as medidas anunciadas pelo Governo para evitar as portas escancaradas?

Concordo, não é que ache que as portas estivessem escancaradas. Temos de ter pessoas que queiram vir para cá trabalhar, constituir família e temos de ter condições para as propiciar. Acho que esse trabalho está a ser feito, pode ter havido algum período em que as coisas não correram tão bem, agora o que temos é de criar condições e não colocar entraves. Há uns anos desenvolvemos um trabalho com a Organização para as Migrações, no sentido de tentarmos criar um match entre as necessidades das empresas da região do Algarve com as possibilidades de trazermos imigrantes, nomeadamente dos países com os quais temos acordos ou com os de língua portuguesa. Esse trabalho passou por diversas fases de identificação de oportunidades e de missões de deslocação para identificar quantos imigrantes estavam disponíveis. Depois de tudo identificado verificou-se que os consulados nesses países tinham capacidade para emitir um visto por mês, tornando-se impraticável porque havia empresas que estavam interessadas em trazer 30, 40 pessoas e havia nesses países 30, 40 pessoas disponíveis para virem. Não houve grande evolução, apesar das recomendações feitas, na altura, ainda no Governo PS e depois as conclusões foram transmitidas a estes novos governos. Tive conhecimento de uma ou outra situação que correu bem, mas em função do próprio grupo hoteleiro ter unidades nesses países, daí ter havido alguma forma de agilizar o processo. De grosso modo, claramente, não se atingiram os resultados que tínhamos previsto.

Mas com estas novas regras, o ónus não passa para as empresas, nomeadamente em oferta de habitação e de formação?

Acaba por pesar, mas vejo as empresas disponíveis para arcar com esse peso. Sei de uma série de unidades hoteleiras que propiciam alojamentos para os trabalhadores, em que alguns prescindem de algumas unidades que podiam estar a comercializar do ponto de vista turístico, outros adquirem edifícios devolutos mais ou menos próximos das suas unidades hoteleiras para albergar os trabalhadores e alguns até constroem um novo edificado. Mas aí também encontram desafios, não só em termos de disponibilidade da oferta do terreno, mas muitos entraves nos instrumentos de gestão do território que estão claramente desatualizados. Não estou a dizer que deve ser tudo como era nos anos 80 ou 90, em que se cometeram muitas asneiras, mas não podemos estar a querer responder a desafios e, ao mesmo tempo, colocar entraves. Tem de haver uma ação articulada entre o setor público e o privado para resolver o problema da habitação e isso passa pela revisão de instrumentos de gestão do território, muitos deles parados ou suspensos ou que não são revistos há 20 ou 30 anos. 

Houve, entretanto, mudanças na lei dos solos…

Tem de ser feito alguma coisa, não podemos continuar com PDMs [Plano Diretor Municipal] nos municípios suspensos durante 20 anos, com programas de ordenamento regional que também não são revistos ou estão parados há 20 ou 30 anos. Felizmente vejo agora esse processo mais ou menos a decorrer, tanto do ponto de vista dos PDMs como do ponto de vista dos planos de ordenamento regional. 

Em relação às taxas turísticas, todos os concelhos já estão a aplicar?

Ainda não. Neste momento, temos sete, oito concelhos a fazer a cobrança de taxa turística, de uma forma homogénea. Muitos deles acabaram por adotar aquilo que foi a base do regulamento que propusemos há alguns anos em sede da AMAL [Comunidade Intermunicipal do Algarve]. Há uns que divergem na idade a cobrar, ou no valor: um euro, um euro e meio ou dois euros.

A tendência é para alargar a todos os concelhos?

Gostava que fosse até por ser uma diversificação das fontes de financiamento que os municípios necessitam para fazer face a muitas competências e novas competências que têm vindo a adquirir nos últimos anos. Devia ser aplicada de uma forma homogénea em toda a região, porque as pessoas não devem decidir se vão ficar em Portimão ou em Lagoa em função de um cobrar ou do outro não cobrar. Não faz sentido esse tipo de decisão, até porque somos um destino regional. Diria que são muito poucos dos 5,2 milhões que recebemos ou mais em 2024 que vêm ao Algarve e não saem das fronteiras de um concelho. Acabam por passear por toda a região, desde Sagres a Vila Real de Santo António, desde as nossas praias até à Serra de Monchique. O impacto é para toda a região, por isso, entendo que a taxa devia ser homogénea em todos os concelhos. Não acredito que vá acontecer, tive alguns presidentes de Câmara que me disseram de uma forma muito clara que não queriam, nomeadamente aqueles mais do interior e os dos concelhos mais pequenos, onde a oferta hoteleira não é assim tanta. Por isso, quando me perguntam se acho que há espaço para mais hotéis digo que sim porque se queremos dar a conhecer o interior do Algarve temos de criar condições para que as pessoas o conheçam. É certo que também o desafio passa por as pessoas terem perceção do resultado da aplicação dessas receitas. Estive em Guimarães num debate sobre a taxa turística e disse para porem uma placa a dizer: ‘Este jardim está impecavelmente mantido à conta da taxa turística, este museu foi recuperado à conta da taxa turística, este monumento está a ser recuperado por conta da taxa turística’ para as pessoas terem a perceção dos benefícios da atividade turística, não é só ao nível da taxa turística, mas ao nível geral. Vemos muitas vezes o setor a ser “atacado” de uma forma injusta, não sendo reconhecido qual é o valor acrescentado pela atividade turística, em particular na região do Algarve, mas também aí é “culpa” do setor, no sentido que tem de reforçar esta relação com as comunidades locais, com os nossos habitantes e com os nossos territórios. Podemos falar, muitas vezes, em muitos milhões do turismo, mas se esses milhões do turismo não se refletirem nas condições de vida não só dos trabalhadores, mas também das comunidades locais onde está a decorrer a atividade, alguma coisa está mal.

E depois vemos movimentos contra a turistificação, como acontece em Barcelona… 

Estive de férias com a minha mulher, passei por Barcelona e tive a oportunidade de comprovar isso. Também fizemos um cruzeiro pelo Mediterrâneo e deu para perceber que, nem de longe, nem de perto, estamos numa situação de overtourism [excesso de turismo] no nosso país, como verifiquei em Barcelona ou em Capri ou em Florença. Eram situações em que me virava para a minha mulher e perguntava: ‘Diz-me um sítio em agosto, no Algarve, que esteja assim’?. Não há, isso não quer dizer que não possamos estar a caminhar para lá ou que isso não possa vir a acontecer no futuro, mas é, por isso, que temos de trabalhar, principalmente nesta questão da gestão dos fluxos turísticos e de estendermos a nossa atividade ao longo de todo o ano e a todo o território. Aí temos claramente espaço para crescer. 

Chegou a admitir que o turismo merecia um melhor reconhecimento pelos resultados que apresenta por parte do Governo. Já houve uma mudança de atitude? 

Mantenho essa afirmação. Dou um exemplo: as verbas do Orçamento de Estado que são transferidas para as entidades regionais continuam a ser as mesmas. Desde 2016 que a verba se mantém exatamente a mesma ao cêntimo e a informação que tenho, neste momento, é que para 2026 se manterá exatamente igual. Claramente estamos a perder capacidade de ação porque com a inflação é fácil perceber que, recebendo as mesmas verbas temos capacidade para fazer menos ou temos de ser bastante mais inventivos. Isto coloca-nos constrangimentos que as pessoas não percebem. Tenho de reconhecer que existe uma atitude diferente, motivada pela posição e intervenção do Secretário de Estado do Turismo, através do Turismo de Portugal, em que, tal como no ano passado, este ano vimos reforçadas as verbas a título da promoção. No entanto, tudo o que diz respeito a custos de funcionamento, de pessoal, de progressões na carreira ou promoções salariais não podemos utilizar outras receitas senão aquelas que vêm do Orçamento de Estado. Por outro lado, ainda almejo que 10% da receita da taxa turística possa reverter para um fundo regional, em particular para fazer face à captação e receção de grandes eventos internacionais porque sabemos que têm custos consideráveis.

Qual tem sido o entrave?

Estamos em ano de eleições autárquicas, mas após a tomada de posse dos novos presidentes de Câmara solicitarei nova reunião à AMAL e terei a oportunidade de levar novamente este assunto em cima da mesa.