O alemão Christian Brückner, principal suspeito no caso do desaparecimento de Maddie McCann, em 2007 no Algarve, recusou ser ouvido pela Polícia Metropolitana de Londres (‘Met’).
A ‘Met’ anunciou esta segunda-feira ter enviado uma carta rogatória internacional para interrogar o cidadão germânico de 49 anos, mas o pedido foi rejeitado.
O inspetor-chefe Mark Cranwell declarou que aquela polícia londrina vai continuar a investigação, mesmo sem o depoimento de Brückner. O germânico está a cumprir uma pena de prisão na Alemanha por violação de uma idosa em 2005, também em Portugal, mas deve ser libertado em 17 de setembro.
“Durante vários anos colaborámos com os nossos colegas alemães e portugueses para investigar o desaparecimento de Madeleine McCann e ajudar a sua família a perceber o que aconteceu na noite de 03 de maio de 2007, na praia da Luz”, lamentou o detetive britânico.
Sem provas suficientes para uma acusação, o Ministério Público alemão não pode impedir a libertação do suspeito, que negou sempre qualquer ligação ao caso Maddie.
A libertação de Brückner tornou-se possível depois de em junho um doador anónimo ter pago uma multa de 1.446 euros que o alemão tinha em dívida devido a uma condenação em 2015. Caso não pagasse, teria pela frente mais 56 dias de prisão.
Madeleine McCann desapareceu do apartamento de um aldeamento turístico no qual dormia, na praia da Luz, a 3 de maio de 2007, enquanto os pais jantavam com amigos, a poucos metros de distância.
Em 2020, a polícia alemã declarou Brückner o principal suspeito do alegado sequestro e suposto assassínio da criança, mas não se formalizaram quaisquer acusações.