A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) voltou a soar o alarme quanto à crescente escassez de docentes nas escolas públicas portuguesas. Segundo dados divulgados esta quinta-feira, existem atualmente 1.397 horários por preencher, afetando mais de 100 mil alunos em todo o país — um número que ultrapassa significativamente o verificado no arranque do ano letivo anterior.
De acordo com o secretário-geral da Fenprof, José Feliciano Costa, no mesmo período do ano passado, o número de estudantes afetados rondava os 92 a 93 mil, o que evidencia um agravamento da situação.
O problema, sublinha José Feliciano Costa, é que as bolsas de recrutamento já estão esgotadas em muitas disciplinas e são sobretudo esses lugares que ficam por ocupar que seguem para a contratação de escola.
Para a Fenprof, a resposta à falta de professores implica, necessariamente, a valorização dos profissionais, no âmbito da revisão do Estatuto da Carreira Docente.
“Os professores não aparecem por geração espontânea e, não obstante alguns contributos pouco significativos, não é com pequenas medidas de emergência que o problema se encaminha para uma verdadeira resolução”, lê-se no comunicado da estrutura sindical.