Faltam professores em 78% das escolas e há 38 com mais de 10 horários por preencher

Os dados confirmam que as dificuldades no recrutamento de professores se mantêm sobretudo nas zonas de Lisboa – 20 escolas com mais de 10 pedidos de horário – e na Península de Setúbal – cinco escolas na mesma situação

Dados oficiais revelados esta segunda-feira revelam que falta, pelo menos, um professor em 78% das escolas públicas e há 38 estabelecimentos com mais de 10 horários por preencher. A esmagadora maioria é nas zonas de Lisboa e Península de Setúbal. 

O balanço é do Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI), uma semana após o arranque oficial do ano letivo 2025/2026. De acordo com os dados da Agência para a Gestão do Sistema Educativo, à data de 17 de setembro, havia pedidos das escolas para ocupar 2.410 horários, dos quais 1.042 (43%) completos.

No universo de 810 agrupamentos de escolas ou escolas não agrupadas, faltava, pelo menos, um professor em 635 (78%). No entanto, há mais 38 estabelecimentos onde a situação é mais grave. Nestes, há mais de 10 horários por ocupar, sendo que em 11 faltam, pelo menos, 10 professores para horários completos.

Os dados confirmam que as dificuldades no recrutamento de professores se mantêm sobretudo nas zonas de Lisboa – 20 escolas com mais de 10 pedidos de horário – e na Península de Setúbal – cinco escolas na mesma situação.

Por grupos de recrutamento, as disciplinas com maior carência também não são novidade e, à semelhança de anos anteriores, destacam-se o pré-escolar, a educação especial, Português do 3.º ciclo e Informática. Ainda assim, há 16.400 professores com habilitação profissional que ainda não obtiveram colocação.