Hugo Neto, o procurador da Operação Influencer, que levou à queda do ex-primeiro-ministro António Costa, vai reforçar, apurou o Nascer do SOL, a equipa do Ministério Público no julgamento da Operação Marquês, que tem José Sócrates como principal arguido.
A informação foi confirmada pela Procuradoria-Geral da República, que sublinhou ainda o facto de Hugo Neto não deixar a equipa da Operação Influencer, ou seja, passa a acumular com a Operação Marquês.
«Confirma-se que o procurador-geral da República proferiu despacho de designação do procurador da República Hugo Neto para integrar a equipa do Ministério Público na fase de julgamento do processo designado por ‘Operação Marquês’, não se tratando, contudo, de uma substituição da procuradora da República referida», adianta fonte da PGR ao Nascer do SOL.
O magistrado do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) junta-se agora ao sénior Rómulo Mateus, Rui Real, um jovem procurador do DIAP de Sintra, e a Nadine Xarope, a magistrada que não deu tréguas a Manuel Maria Carrilho, que acabou condenado pelo crime de violência contra a ex-mulher Bárbara Guimarães.
Esta última, que esteve presente desde início do julgamento, em julho deste ano, ficará temporariamente fora da nova quadratura de magistrados alocados ao caso, por questões de saúde.
Na retaguarda desta linha da frente mantém-se os melhores conhecedores das 53 mil páginas e 13,5 milhões de ficheiros do inquérito: os procuradores Rosário Teixeira, Ana Catalão e Inês Bonina, que têm tido como missão municiar a ‘frente de batalha’ com a localização da prova e a informação necessária para contrariar os argumentos da defesa.