Ivo Rosa quebra silêncio sobre inquéritos de que terá sido alvo

Juiz desembargador diz que espera esclarecimentos da PGR.

O Ministério Público terá acedido a faturação de Ivo Rosa, à localização do telemóvel e às contas bancárias, no âmbito de uma investigação por suspeitas de corrupção, peculato e branqueamento de capitais. Os inquéritos terão sido todos arquivados e o juiz aguarda esclarecimentos por parte da PGR.

O juiz Ivo Rosa adiantou, esta quarta-feira, que até ao momento tem conhecimento da existência de três inquéritos, “segundo parece todos arquivados”, de acordo com informação que obteve “na sequência de um pedido dirigido ao Ministério Público junto do Supremo Tribunal de Justiça”.

“Ainda aguardo informação da PGR sobre o total (e quais) de inquéritos abertos pelo MP visando a minha pessoa”, acrescentou o magistrado, numa resposta escrita, citada pela agência Lusa.

Ivo Rosa garantiu que nunca foi “informado, contactado ou notificado no âmbito de qualquer inquérito” e que, por essa razão, desconhece, a não ser o que foi noticiado pela comunicação social, o conteúdo, “os atos processuais e as razões, de facto ou de direito, para o arquivamento”.

Sublinhe-se que em causa está a notícia, avançada pela TVI/CNN Portugal, de que Ivo Rosa foi alvo de um processo-crime, quando exercia funções de juiz de instrução no Tribunal de Instrução Criminal, e que terá tido aberto no seguimento de uma denúncia anónima recebida pelo DCIAP e pela Polícia Judiciária (PJ).

No âmbito da investigação, o Ministério Público terá acedido à faturação do juiz, à localização do telemóvel e às suas contas bancárias. A denúncia seria por suspeitas de corrupção, peculato e branqueamento de capitais.