Os dois agentes da PSP que acompanhavam o polícia que terá disparado sobre Odair Moniz, em outubro do ano passado, foram constituídos arguidos por falso testemunho, no âmbito das declarações sobre a faca que apareceu no local, avança o Público.
Em causa está a versão apresentada pelos dois agentes sobre onde encontraram a faca, usada “como justificação para recorrer à arma de fogo”.
“Este processo visava investigar duas ordens de factos: por um lado, se foram de facto os agentes envolvidos nos acontecimentos a escrever o respetivo relatório oficial, o chamado auto de notícia: por outro, se o punhal tinha sido plantado por alguém no local do crime ou, pelo menos, mudado de lugar e posto à vista depois da morte” de Odair Moniz, lê-se no Público.
O despacho de acusação, citado pelo mesmo jornal, refere que os meios de prova apontam para a suspeita de que o punhal “foi colocado no local (na hipótese de não ser pertença de Odair) ou colocado à vista (na hipóteses de ser sua pertença)”.
O Ministério Público considera que os dois agentes em causa terão mentido ao afirmar que viram a faca debaixo do corpo de Odair Moniz, quando o foram levantar.