Mais de 2.700 trabalhadores, representando cerca de 70% do total, subscreveram o abaixo-assinado contra a atribuição de prémios aos gestores da Lone Star pela venda da instituição financeira. Em causa está a atribuição de 1,1 mil milhões de euros.
“Este número expressivo demonstra que os trabalhadores não têm medo de se fazer ouvir perante uma das maiores injustiças de que há memória: a atribuição de prémios milionários à gestão de topo e a alguns diretores coordenadores, enquanto a esmagadora maioria dos trabalhadores é excluída de qualquer forma de reconhecimento financeiro”, revela a comissão de trabalhadores, em comunicado.
Lembrando que, “entre os dias 6 e 14 de outubro, os trabalhadores do novobanco tiveram a oportunidade de expressar, de forma clara e inequívoca, a sua profunda desilusão e indignação face à ausência de um reconhecimento financeiro justo pela sua contribuição decisiva para a valorização do banco ao longo da última década”.
O baixo-assinado foi entregue pela estrutura à administração do novobanco “com a firme convicção de que esta demonstração de unidade e força deve levar a uma reavaliação da decisão tomada”, pedindo a atribuição de dois salários a todos os trabalhadores, “como forma mínima de reconhecimento pelo seu esforço, dedicação e papel fundamental na recuperação e valorização do banco”.
A comissão de trabalhadores admite ainda que caso não haja uma resposta positiva por parte da administração, poderá avançar com novas ações de protesto, em articulação com os trabalhadores e com os sindicatos.