A última edição do Boiler Room Lisboa ficou marcada por um ataque a uma das artistas. Durante a atuação da DJ ucraniana E.Lina (Elina Elian), foi arremessado sangue falso para a cabine, manchando a mesa de mistura da artista.
Segundo o jornal Blitz, o Boiler Room Lisboa, que se realizou no passado fim de semana no 8 Marvila, tinha sido alvo de várias tentativas de boicote antes da sua realização.
Segundo o Resident Advisor, dedicado à cultura DJ, a marca Boiler Room, anteriormente detida pela Dice, pertence agora ao conglomerado norte-americano KKR – igualmente responsável por festivais como o Sónar ou o Resurrection Fest -, que tem ligações ao estado de Israel, tendo investido em empresas israelitas de fabrico de armas.
“Sou uma artista da Ucrânia, onde ainda há sangue a ser derramado”, escreveu a artista no Instagram. “Foi chocante. Não posso ficar calada numa situação destas. A guerra na Ucrânia ainda não acabou, e este gesto pareceu-me desrespeitoso e desumano”, acrescentou.
“A arte também pode ser resistência, mas não deve ser feita sem empatia. Não se pode lutar contra uma dor desrespeitando outra. Os olhares estão todos sobre a Palestina, mas a Ucrânia também sofre”, afirmou ainda.