José Miguel Júdice, mandatário nacional da candidatura de João Cotrim de Figueiredo, apelou este domingo ao voto no liberal nas presidenciais, traçando paralelos o candidato, o antigo Presidente Mário Soares e o atleta campeão mundial Isaac Nader.
Durante a apresentação oficial da candidatura, que decorreu no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, este domingo, Júdice rejeitou a ideia de “voto desperdiçado” e garantiu que “o jogo está totalmente aberto”. “Nos últimos tempos, o único argumento que ouvi é ‘tenho medo que o meu voto possa ser desperdiçado’. Mas não se deixem iludir: o jogo está totalmente aberto”, afirmou.
O mandatário nacional recordou as presidenciais de 1986, em que Mário Soares começou com 8% nas sondagens e acabou por vencer, sublinhando que “é possível superar as sondagens após uma excelente campanha, como manifestamente foi a campanha de Mário Soares”. “E Cotrim, para passar à segunda volta, nem precisa de ter 25%, bastará alcançar cerca de 20%”, acrescentou.
Júdice usou ainda o exemplo de Isaac Nader, campeão mundial dos 1.500 metros, para sublinhar que nada está perdido só porque as sondagens porque as sondagens não anteveem Cotrim numa eventual segunda volta.
“Este ano, na prova dos 1.500 metros do mundial de atletismo, um português conseguiu chegar à final. Mas nenhum comentador lhe dava a mais pequena hipótese de ganhar”, disse, lembrando que Isaac Nader “ultrapassou quatro adversários e foi campeão mundial”. “Ou seja, é na reta final que se ganham ou perdem os combates”, concluiu.
O advogado sublinhou também que “Cotrim, ao contrário de outros, é apoiado porque sim, enquanto outros muitas vezes serão apenas apoiados porque não”, e que o país precisa de “um Presidente otimista sobre os portugueses, ambicioso sobre Portugal e com visão de futuro”.
A sessão contou ainda com a intervenção de Sophie Wilmès, ex-primeira-ministra da Bélgica e atual vice-presidente do Parlamento Europeu, que elogiou a experiência profissional de Cotrim de Figueiredo e alertou para o crescimento da extrema-direita na Europa.
As eleições presidenciais estão marcadas para 18 de janeiro.
