Proteção civil alerta para o mau tempo e deixa recomendações

Todos os distritos de Portugal continental, exceto Bragança, vão estar sob aviso laranja na quarta-feira devido à previsão de chuva, por vezes forte

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) alertou para um “agravamento do estado do tempo em Portugal continental” já a partir da tarde desta terça-feira e deixou uma série de conselhos e medidas preventivas para a população.

Em comunicado enviado às redações a ANEPC explicou que está prevista “precipitação, por vezes forte, acompanhada de trovoada e ocasionalmente de granizo, vento e agitação marítima”.

Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), todos os distritos de Portugal continental, exceto Bragança, vão estar sob aviso laranja na quarta-feira devido à previsão de chuva, por vezes forte.

A região Norte do país deverá começar a ser afetada a partir desta noite pelos ventos fortes, com rajadas até 80km/h no litoral e a chegar aos 100km/h nas terras altas. Para todo o território prevê-se precipitação, por vezes forte, que pode ser acompanhada de trovoada ou na forma de granizo.

O alerta para a ondulação marítima tem início esta terça-feira e mantém-se até quinta-feira, dia em que o território deixa de estar sob qualquer aviso.

Com base nas previsões de chuva, vento forte e agitação marítima, as autoridades antecipam alguns dos principais efeitos do mau tempo: 

  • A ocorrência de inundações em zonas urbanas, causadas por acumulação de águas pluviais por obstrução dos sistemas de escoamento ou por galgamento costeiro;
  • A ocorrência de cheias, potenciadas pelo transbordo do leito de alguns cursos de água, rios e ribeiras;
  • A instabilidade de vertentes, conduzindo a movimentos de massa (deslizamentos, derrocadas e outros) motivados pela infiltração da água, fenómeno que pode ser potenciado pela remoção do coberto vegetal na sequência de incêndios rurais, ou por artificialização do solo;
  • A contaminação de fontes de água potável por inertes resultantes de incêndios rurais;
  • Piso rodoviário escorregadio devido à possível formação de lençóis de água;
  • Possíveis acidentes na orla costeira, devido à forte agitação marítima;
  • Arrastamento para as vias rodoviárias de objetos soltos, ou ao desprendimento de estruturas móveis ou deficientemente fixadas, por efeito de episódios de vento forte, que podem causar acidentes com veículos em circulação ou transeuntes na via pública.

De acordo com a ANPEC, os efeitos do mau tempo podem ser minimizados se forem adotadas as seguintes recomendações: 

  • Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas;
  • Garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas;
  • Ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte;
  • Ter especial cuidado na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a galgamentos costeiros, evitando a circulação e permanência nestes locais;
  • Não praticar atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar, evitando ainda o estacionamento de veículos muito próximos da orla marítima;
  • Adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tomando especial atenção à eventual formação de lençóis de água nas vias rodoviárias;
  • Não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas;
  • Retirar das zonas normalmente inundáveis animais, equipamentos, veículos e/ou outros bens para locais seguros;
  • Estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança.