Montenegro associa distinção da “The Economist” à dinâmica do mercado laboral e promete reforçar competitividade de Portugal

Primeiro-ministro insistiu que é este caminho que permitirá garantir aos portugueses “novas oportunidades e valorizações em termos profissionais e salariais”

O primeiro-ministro afirmou esta terça-feira que o recente reconhecimento internacional da economia portuguesa pela revista The Economist está diretamente ligado à dinamização do mercado laboral e ao reforço da competitividade nacional. Luís Montenegro assegurou que continuará a aproveitar “todas as oportunidades para reforçar competitividade de Portugal”, sublinhando a importância de um crescimento económico “sólido, consistente e robusto”.

As declarações foram feitas na conferência final da sexta cimeira Portugal–Moçambique, realizada no Porto, onde Montenegro recusou comentar a possibilidade de recuar no pacote laboral a dois dias da greve geral, remetendo o tema para “outras oportunidades” ao longo da semana.

“Por agora, apenas reiterar que nós continuamos muito concentrados em poder aproveitar todas as alturas e todas as oportunidades para reforçar a competitividade de Portugal para que a sua economia possa ser cada vez mais sólida, cada vez mais consistente, cada vez mais robusta”, afirmou.

De acordo com a agência Lusa, o primeiro-ministro insistiu que é este caminho que permitirá garantir aos portugueses “novas oportunidades e valorizações em termos profissionais e salariais”, frisando que a economia só poderá continuar a ser reconhecida internacionalmente se mantiver esta trajetória.

Referindo-se à distinção atribuída por The Economist, Montenegro destacou a “feliz coincidência” entre o anúncio e a realização da cimeira, classificando Portugal como “a economia do ano, entre 36 economias as mais dinâmicas do mundo”.

“Este facto é em si mesmo muito impressivo, assenta no percurso que a sociedade portuguesa, os trabalhadores portugueses, as empresas portuguesas, as instituições portuguesas têm vindo a palmilhar”, afirmou.

O primeiro-ministro atribuiu ainda essa valorização externa à “responsabilidade financeira do Governo”, que disse conjugar “contas públicas equilibradas com estímulos económicos”.

Montenegro voltou a defender a existência de um “triângulo virtuoso” de políticas públicas assente na fiscalidade, na reforma do Estado e na legislação laboral.

Nesta última, destacou “a dinamização de um mercado laboral que seja indutor não só da produtividade, da competitividade, como através disso da valorização salarial, do aumento real e efetivo dos salários”.

E reforçou que o reconhecimento da economia portuguesa dependerá sempre da valorização do capital humano e da capacidade de inovação, investigação e empreendedorismo.