As Academias, situadas na Escola Superior de Tecnologia e Gestão, estão vocacionadas para a automação, para o “software” industrial PLM (Product Lifecycle Management – gestão do ciclo de vida de produtos) e destinam-se a alunos do Departamento de Engenharia Mecânica e do Departamento de Engenharia Electrotécnica, explicou Nuno Mangas, presidente do Instituto Politécnico de Leiria (IPL).
Os estudantes terão formação ao longo dos vários anos do curso, com a complexidade a aumentar de ano para ano.
O presidente do IPL disse à agência Lusa que as academias, que “estarão a funcionar em pleno no próximo ano lectivo”, são uma forma de “aproximar o sistema de ensino e formação à realidade empresarial”, estando as duas academias equipadas com “dois laboratórios com ‘software’ de ponta”.
O objectivo “é que os estudantes tenham uma formação prática de grande aplicabilidade, em particular na indústria da região”, ligada “aos moldes e aos plásticos”, havendo a preocupação de uma ligação entre o IPL e “as empresas” da zona.
O projecto, que é uma parceria entre Siemens, IPL e a empresa Cadflow, tem também associadas a Nerlei (Associação Empresarial da Região de Leiria) e a Cefamol (Associação Nacional da Indústria de Moldes), de forma a “dar um sinal de que este tipo de academias vai contribuir para uma maior empregabilidade dos alunos e para ligar as empresas às academias”.
Para além da formação, o IPL pretende também utilizar as academias como um suporte “para projectos de investigação aplicada para o tecido empresarial”, afirmou ainda Nuno Mangas.
António Mira, director da área da Indústria da Siemens em Portugal, explicou que a aposta da empresa em Leiria surge também da utilização do “software” e dos equipamentos na indústria “da região”, que “tem uma ligação muito forte aos moldes, plásticos e vidro”, sendo o investimento nas academias “continuado”, embora sem referir o montante.
A Siemens irá apoiar na “colocação de licenças de ‘software’ e de equipamento” no IPL, garantindo também “apoio técnico e facilitação de estágios curriculares na empresa, em Portugal e no estrangeiro, aos estudantes com os melhores trabalhos realizados com o recurso ao ‘software’ e equipamento” das duas academias, acrescentou o responsável.
A Academia de Automação estará equipada com “hardware” e “software” de automação e controlo industrial e a Academia PLM com 25 postos com produtos de “software” “que não estão disponíveis em nenhuma outra instituição de ensino” e que são utilizados em Portugal não apenas nos moldes e plásticos, mas também “na metalurgia, metalomecânica, produtos de consumo e design industrial”, informou a Siemens, através de uma nota de imprensa.
Lusa/SOL