MPT: ‘É possível fazer outro 25 de Abril’

O cabeça de lista do Movimento Partido da Terra (MPT) às eleições europeias, Marinho Pinto, afirmou hoje ser “possível fazer outro 25 de Abril, pelo voto”, acusando PS e PSD de serem “os responsáveis” pela actual situação do país.

MPT: ‘É possível fazer outro 25 de Abril’

"São precisas vozes novas no Parlamento Europeu, vozes efectivamente comprometidas com o combate à corrupção, vozes que tenham uma credibilidade nova junto das instituições da União Europeia", afirmou António Marinho Pinto, em Matosinhos, numa visita à lota no âmbito da pré-campanha eleitoral.

Para o antigo bastonário da Ordem dos Advogados, "os culpados da situação a que o país chegou são justamente PS e PSD", sendo necessário "denunciar isso e alertar o povo português".

"É possível fazer outro 25 de Abril, pelo voto. Não é com chaimites nem com G3. Votem no único partido que aparece como alternativa a todos os candidatos", apelou Marinho Pinto, sublinhando ser o único que não foi escolhido pelos partidos políticos, mas que escolheu o partido pelo qual se candidata.

Marinho Pinto afirmou que os portugueses podem dar nestas eleições europeias do dia 25 "uma grande lição" ao PS e ao PSD, votando no MPT.

Visitando a lota, o porto e as instalações da Docapesca, em Matosinhos, o advogado defendeu ser "preciso e obrigatório" investir no sector das pescas, e não poupou críticas às políticas das últimas décadas, designadamente o facto de ter sido "muito fácil obter dinheiro e gastá-lo em eleitoralismo, a comprar simpatias fáceis".

"Exigia muito mais obter o dinheiro e utilizá-lo na construção dos alicerces de uma economia saudável, na modernização da nossa frota pesqueira", disse, acrescentando: "o que se fez foram obras para se conseguir esbanjar dinheiro e grande parte dos vultuosos fundos que a União Europeia enviou foram parar ao bolso de pessoas corruptas, foram apropriados indevidamente por políticos e por empresários sem escrúpulos".

O candidato defendeu ser preciso ter um ministério do Mar e das Pescas em Portugal, classificando a ministra Assunção Cristas [ministra da Agricultura e do Mar] como "uma jovem universitária que está com as alavancas da política de um sector que não entende".

Marinho Pinto frisou que é preciso olhar para as pescas "não como um sector qualquer, [porque] é um sector frágil e tem de ser olhado de uma outra maneira".

"Portugal poder desenvolver políticas correctas em relação à pesca e aos recursos naturais. O nosso futuro é o mar e é para o mar que devemos orientar os nossos recursos e as nossas políticas no futuro", concluiu.

As eleições europeias realizam-se a 25 de Maio em Portugal.

Lusa/SOL