"Eu acredito que o caminho de retoma do crescimento económico se faz andando, passo a passo, colocando o investimento e as exportações no centro dos objectivos económicos nacionais", afirmou Paulo Portas, na cerimónia de anúncio dos contratos de investimento, que terão benefícios fiscais.
O vice-primeiro-ministro defendeu que "cada um dos 12 [investimentos] é uma boa razão para ter confiança num novo ciclo económico, porque não só criam como garantem a manutenção de postos de trabalho".
Em números, os 12 investimentos deverão criar 401 postos de trabalho em oito distritos, "de Viana do Castelo a Setúbal", e assegurar a manutenção de 3.000 empregos, salientou.
"Espero que o ritmo destes contratos se acelere", afirmou Paulo Portas, realçando que o novo quadro de apoio comunitário irá facilitar novos investimentos.
Na sua intervenção, Paulo Portas agradeceu aos empresários o voto de confiança em Portugal, defendendo que "confiança traz confiança" e que "decidir investir agora é um serviço que fazem ao país".
Entre os investimentos hoje apresentados, o mais avultado é o da Portucel Soporcel na sua unidade industrial de Cacia, Aveiro, num valor superior a 56 milhões de euros, com o objectivo de aumentar em 20% a capacidade produtiva de pasta de eucalipto e em 30% as exportações anuais. O projecto deverá criar uma dezena de empregos.
A Wuhan Industries, fabricante de moldes e revestimentos metálicos, protagoniza o segundo maior investimento, de quase 28 milhões de euros, que levará à criação de 10 novos empregos.
O terceiro maior investimento é da Borgwarner Emissions Systems, fabricante de componentes automóveis, que pretende investir 23,5 milhões de euros e criar 80 postos de trabalho.
Os contratos de benefícios fiscais, relativos aos investimentos hoje anunciados, foram aprovados em Conselho de Ministros na passada quinta-feira.
Na cerimónia, no Palácio das Laranjeiras, em Lisboa, foi ainda assinado o protocolo da MOB, empresa do grupo Visabeira, com a Force 10, grupo dos Emirados Árabes Unidos, que prevê o contrato para a comercialização de cozinhas no Golfo Pérsico, em particular na Arábia Saudita, Bahrein, Kuwait e Omã.
Para responder à procura destes novos mercados, a empresa portuguesa prepara um investimento de 22 milhões de euros na construção de uma nova unidade de produção nos Emirados Árabes Unidos.
Lusa/SOL