Cavaco Silva ‘emocionado’ ao conversar em português com escuteiros de Macau

O Presidente da República, Cavaco Silva, disse hoje sentir-se “emocionado” ao conversar em português com escuteiros e alunos de várias escolas de Macau e manifestou o desejo que “continuem a falar cada vez mais” a língua de Camões.

Cavaco Silva ‘emocionado’ ao conversar em português com escuteiros de Macau

 

No Jardim Luís de Camões, onde se encontra a gruta dedicada ao épico português, o casal presidencial foi recebido por uma 'fileira' de 15 escuteiros lusófonos de cada lado, que pretendia traduzir os 15 anos da Região Administrativa Especial de Macau, que se assinalam em Dezembro.

Depois, e até à gruta onde está um busto do poeta, que muitos dizem ter passado por Macau e ali ter escrito parte d' "Os Lusíadas", o corredor era formado por alunos da Escola Portuguesa, do Jardim de Infância D. José da Costa Nunes e por alunos de escolas luso-chinesas.

O casal presidencial, que se deslocou à gruta para depositar uma coroa de flores em homenagem ao poeta, foi conversando com um ou outro aluno, vincando sempre a necessidade de se preservar a língua portuguesa em Macau, factor que Cavaco Silva considera ser "cada vez mais essencial".

"(Vim aqui) prestar homenagem ao grande poeta que é Camões e o facto de ele ser um símbolo da ligação entre Portugal, Macau e a China, uma ligação de amizade. É um símbolo da preservação da ligação cultural entre Macau e Portugal", disse aos jornalistas.

Já ouvir português para o Chefe de Estado foi "emocionante".

"Espero que continuem a falar ainda mais português porque o português, disseram-me empresários macaenses, é cada vez mais importante no mundo dos negócios", mas também o é no "mundo cultural e no mundo artístico", sublinhou Cavaco Silva ao reiterar que é a língua mais falada do hemisfério sul.

Depois do Jardim Camões, Cavaco Silva e a mulher deslocaram-se às Ruínas de São Paulo, o ex-líbris de Macau, Património da Humanidade, diariamente visitado por milhares de pessoas.

Nas Ruínas, Cavaco Silva fez questão de tirar uma fotografia com a mulher e disse que serviria para "fazer a comparação" com outras fotos tiradas no mesmo local nas três visitas que fez a Macau anteriormente, em 1987, 1994 e 1999.

Antes de abandonar o local, Cavaco Silva desceu a escadaria da em frente da fachada da antiga igreja do Colégio de São Paulo e foi conversando com as dezenas de turistas que se aproximaram do cordão policial para cumprimentar o visitante, sendo que a maioria não sabia de quem se tratava.

À pergunta, em inglês, de onde vinham, a maioria respondeu ser oriundo da China, o maior mercado fornecedor de turistas à cidade.

Lusa/SOL