Exército tailandês vai bloquear redes sociais com conteúdo nocivo

A nova junta militar no poder na Tailândia avisou hoje que bloqueará quaisquer plataformas de redes sociais no país cujo conteúdo considere que incite à violência ou que seja crítico dos seus líderes militares.

Exército tailandês vai bloquear redes sociais com conteúdo nocivo

Num de uma série de boletins lidos na televisão nacional anunciando as novas restrições, depois de declarar o golpe de Estado, a junta militar instou à "cooperação por parte das operadoras das redes sociais e a todos os envolvidos para pararem com essas mensagens que incitam à violência, à violação da lei ou que criticam o conselho golpista".

"Se encontrarmos alguma que esteja em situação de transgressão, suspenderemos imediatamente o serviço e intimaremos os responsáveis para acusação formal", acrescentou.

As redes sociais como o Twitter e o Facebook são muito populares no país.

Os autores do golpe tinham anteriormente ordenado que todas as estações de televisão e de rádio suspendessem a sua programação habitual e transmitissem apenas as emissões do exército feitas na sequência do golpe.

Essa medida foi tomada para garantir a divulgação "de notícias precisas às pessoas", disse um porta-voz do exército numa declaração televisiva.

Todos os canais de televisão do reino do Sudeste Asiático, incluindo cadeias estrangeiras como a CNN, BBC e CNBC, transmitiram exclusivamente informação militar e uma sucessão de breves anúncios relacionados com a tomada do poder.

Entre os boletins informativos, as televisões exibem um ecrã com estática mostrando os emblemas dos vários ramos das Forças Armadas da Tailândia, enquanto passam canções patrióticas tailandesas.

O chefe do Estado-General do Exército, Prayut Chan-O-Cha, fez hoje de manhã o anúncio do golpe de Estado numa mensagem televisiva dirigida à nação, dizendo que as poderosas Forças Armadas tiveram de agir para restaurar a estabilidade após quase sete meses de agitação política na capital, Banguecoque.

Lusa/SOL