Conhecido por ter amealhado uma grande fortuna no ramo dos doces, o ‘Rei do Chocolate’ é o primeiro presidente eleito após a queda de Ianukovich, em Fevereiro deste ano. Se estes resultados se confirmarem, Poroshenko vencerá com uma larga margem de diferença face à sua adversária, Iulia Timoshenko. De acordo com as sondagens feitas ontem, a antiga primeira-ministra – e figura importante na Revolução Laranja, em 2004-2005 – tem pouco mais de 12 por cento dos votos.
Poroshenko tem tido um discurso firme contra os separatistas pró-russos, mantendo-se, no entanto, um pouco mais moderado quanto à sua posição em relação a Moscovo e às relações entre a Ucrânia e a Rússia.
As estimativas apontam para uma taxa de participação a rondar os 60 por cento, o que mostra que os ucranianos estão esperançosos quanto ao futuro. Recorde-se que a Ucrânia vivem à beira de uma guerra civil há meses – o abuso de poder por parte dos governantes anteriores, a situação da Crimeia e os problemas com a vizinha russa levaram a que aquele povo se dividisse e vivesse num clima de tensão desde o final do ano passado.
Zonas pró-russas sem votos
Nas províncias de Donetsk e Lugansk, perto da fronteira com a Rússia, foram poucos os que votaram. Comparando com a abstenção a nível nacional, que rondou os 40%, estas regiões registaram valores muito mais elevados: Em Lugansk, cerca de 83 por cento dos eleitores não votaram. Já em Donetsk, a taxa de abstenção foi de 90 por cento.
Na região da Crimeia, a situação foi diferente. Minutos depois de saber os resultados das sondagens à boca das urnas, Poroshenko fez questão de agradecer aos habitantes daquela península – anexada pela Rússia em Abril – “que fizeram o que podiam nas condições mais difíceis e saíram da Crimeia para votar".
Obama dá as boas vindas a Poroshenko
Até ao momento não houve qualquer reacção por parte do Kremlin, mas o presidente dos Estados Unidos Barack Obama fez questão de dar os parabéns aos ucranianos pelas eleições e de referir que as encara como “um passo importante por parte das entidades governamentais para unificar o país”.
