Passos: ‘O que estava ao nosso alcance fazer, fizemos. E não foi pouco’

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, afirmou hoje que o Governo conseguiu “sustentar a despesa social” do Estado que, apesar da redução dos gastos nos últimos três anos, “nunca foi tão elevada em Portugal” como agora.

Passos: ‘O que estava ao nosso alcance fazer, fizemos. E não foi pouco’

"Apesar das circunstâncias excepcionais por que passamos, em que o Estado necessitou de reduzir significativamente os seus gastos, de forma a garantir os objectivos da consolidação orçamental, nunca a despesa social foi tão elevada em Portugal", disse, na sessão de abertura do XI Congresso Nacional das Misericórdias, em Évora.

Segundo Passos Coelho, o Governo "não só foi bem-sucedido em salvaguardar o Estado social e em proteger a coesão social", como também conseguiu, "com todos os sacrifícios, sustentar uma despesa social que é superior àquela que existia no início da crise de 2011".

Até sábado, vão estar em destaque no XI Congresso Nacional das Misericórdias o sector da economia social e os desafios futuros que enfrenta.

Na sua intervenção, o primeiro-ministro referiu que existem, na própria Europa, "exemplos dramáticos do que significou um colapso económico e social em larga escala" e que o Governo conseguiu "evitar em Portugal um colapso desse tipo".

Mas isso, ressalvou, "não nega as dificuldades" por que o país passou e por que "passam ainda tantas famílias portuguesas", mas visa "dar valor ao que foi feito e ao esforço que foi realizado, que permitiu evitar cenários muito mais gravosos".

Depois de destacar o papel das instituições de solidariedade social e de agradecer a dedicação de milhares de voluntários, Passos Coelho reconheceu que o Governo "não teve todos os meios" de que gostaria para "aprofundar as políticas sociais e fazer face, com tanto vigor, às ameaças da pobreza e da exclusão".

"Mas o que estava ao nosso alcance fazer, fizemos. E não foi pouco", frisou, assinalando que o Governo deu "prioridade à protecção dos mais vulneráveis" e mobilizou "todos os poucos recursos que tinha para esse fim".

O aumento das pensões mais baixas, a criação do Programa de Emergência Social, com 391 milhões de euros já executados, e do Mercado Social de Arrendamento e a implementação do Banco de Medicamentos foram algumas das medidas do Governo destacadas por Passos Coelho.

Na área da economia social, o chefe do executivo salientou o lançamento da Lei de Bases da Economia Social e a criação do Fundo de Reestruturação do Sector Solidário, medidas que na sua opinião alargam horizontes das instituições e reforçam a sustentabilidade do sector.

Lusa/SOL