Suponho que li a mesma notícia que a leitora, ou uma muito parecida. A notícia especificava que a dita apresentadora de TV pretendia de facto fugir às regras de etiqueta.
Se me fala em originalidade, não fico muito convencida. Depois dos exemplos que aparecem com frequência de gente a casar-se no espaço, em trajes de astronauta, ou nas praias e piscinas, por vezes mesmo dentro de água, em fato de banho, para já não referir outras bizarrias. Portanto, na minha modesta opinião, originalidade praticamente nenhuma.
De resto, na notícia que li, a jornalista de TV já vivia há uns anos com o ‘companheiro’ (como agora se diz em certos meios, para distinguir do casamento formal), e a formalidade (ela preferiria seguramente dar-lhe outro nome) no Rock in Rio seria apenas uma cerimónia simbólica.
Mas quer a leitora saber onde penso eu que a tal jornalista de TV atropela mesmo as regras de etiqueta?
Não é em ir simular um casamento ao Rock in Rio (quem lá vai é por outros motivos, de resto ruidosos, e nem dará pela cerimónia). Nem sequer em levar um vestido curto, que muitas noivas preferem, sem sair das regras relativamente normais do casamento. Onde ela de facto espezinha a etiqueta é nos ‘ténis vermelhos’. Porque bastaria um bocadinho de bom gosto para levar ténis (ou sapatilhas) não ‘vermelhos’ mas simplesmente ‘encarnados’.
