António Costa falava no final de uma sessão com militantes e simpatizantes em Bragança quando questionado pelos jornalistas sobre declarações feitas hoje, no Porto, pelo secretário-geral do PS, António José Seguro, que o criticou por ter decidido avançar como candidato "agora que o PS tem quase a certeza absoluta que ganhava as eleições", afirmando que Portugal "não precisa de um primeiro-ministro de ocasião".
“Não vou entrar em polémicas que nem engrandecem o PS nem respondem àquilo que os portugueses querem de nós”, declarou, acrescentando que tem confirmado em cada sessão que faz pelo país “aquilo que motivou a sua candidatura: a percepção de que a maioria dos socialistas e a maioria dos portugueses está ansiosa para que haja uma mudança e que o PS a possa corporizar”.
Costa garantiu que tem “encontrado uma mobilização como há muito tempo não se via no Partido Socialista e pessoas que há muito tempo estavam afastadas a regressarem e cidadãos independentes a aproximarem-se do Partido Socialista”.
“Eu acho que aquilo que os portugueses esperam do PS é que o PS responda às ansiedades dos portugueses e os portugueses estão ansiosos é que o PS lhes dê o suplemento de confiança que lhes falta”, insistiu.
António Costa prometeu que irá concertar-se “só no debate programático”, concretamente naquilo que tem designado de uma “agenda para a década”, que aposte na valorização dos recursos, na modernização do tecido empresarial e da Administração Pública, na coesão social e no investimento na Cultura e na Ciência.
Entre os recursos que importa valorizar para o candidato está o território com “uma nova visão sobre as regiões de fronteira”, como a de Bragança, onde falou e ouviu uma assistência que encheu o Auditório Paulo Quintela.
O candidato defendeu que as regiões de fronteira “hoje já não são mais Interior, mas têm de ser a grande plataforma para a afirmação (de Portugal) no mercado ibérico”
“Se nós queremos crescer e queremos ser competitivos, temos de ganhar escala e passar de um mercado de 10 milhões para um mercado de 60 milhões”, defendeu.
Lusa / SOL