Um porta-voz da polícia queniana, Masoud Mwinyi, acusou o al-Shabab – um grupo fundamentalista da Somália – de ter atacado a aldeia de Majembeni. Os extremistas islâmicos já tinham reivindicado o atentado da noite de domingo perto da cidade costeira de Mpeketoni, onde foram mortas 48 pessoas.
Nessa noite, homens armados foram de porta em porta para saber quem era muçulmano e falava Somali. Quando as respostas não lhes agradaram, abriram fogo.
Estes ataques sublinham a falta de segurança na região de Lamu, situada a sul da fronteira com a Somália, e que era um importante pólo turístico do país. Em declínio, por causa da violência crescente.
Recorde-se que o al-Shabab foi o responsável pelo sangrento ataque a um centro comercial em Nairobi, a capital do Quénia, em Setembro de 2013. Na altura, pelo menos 67 pessoas morreram, alguns porque não foram capazes de responder a perguntas sobre o Islão.
Mais tarde, os extremistas justificaram o atentado com a “repressão brutal dos muçulmanos no Quénia”, onde incluíram uma série de assassinatos de religiosos muçulmanos em Mombaça – um dos primeiros casos aconteceu em 2012 e o último, o imã Makaburi, foi morto a tiro no início de Abril.
O al-Shabab garante que enquanto o Quénia “continuar a invadir” as suas terras e a “oprimir muçulmanos inocentes” os ataques não irão parar.