Contrato de concessão da RTP está quase pronto

A versão final do contrato de concessão entre a RTP e o Estado está praticamente concluída, mas falta ainda chegar a acordo com o Governo sobre “alguns pormenores”, indicou hoje o presidente do conselho de administração, Alberto da Ponte.

"Espero ter uma última discussão com o senhor ministro [Miguel Poiares Maduro] e depois se essa discussão for bem-sucedida, teremos o contrato assinado", indicou o gestor da RTP aos jornalistas, à saída de uma assinatura de protocolos entre autoridades portuguesas e chinesas, nas áreas cultural e audiovisual.

Alberto da Ponte sublinhou ainda que "o conselho de administração [da RTP] não assinará um contrato de concessão que não esteja de acordo com os interesses daquilo que entendemos serem os interesses do serviço público", esclarecendo que "tudo o que está neste momento contido nesse contrato de concessão, com excepção de alguns pormenores que ainda temos de discutir, caminha nesse sentido."

Escusando-se a detalhar os "pormenores" que terão de ser ainda acertados entre o conselho de administração e o Governo, o gestor referiu que "o contrato de concessão é um caso muito específico em que se pode utilizar aquela expressão muito específica: 'it takes two for tango' [são necessários dois para dançar o tango]".

Os protocolos que foram hoje assinados em Lisboa, com a presença do ministro-adjunto e do Desenvolvimento Regional, Miguel Poiares Maduro, prevêem a criação de centros culturais em Portugal e na China e também a cooperação entre as televisões públicas e as agências noticiosas portuguesa e chinesa. Um dos representantes do lado chinês era Liu Yunshan, membro da Comissão Permanente do Politburo do Partido Comunista da China, membro do seu secretariado e director do departamento de Comunicação, que está em Portugal em visita oficial.

Prevista está ainda a realização de dois documentários, 'Portugal Encantador' e 'China Encantadora', por uma equipa chinesa e portuguesa, respectivamente, que no futuro serão exibidos nas televisões públicas dos dois países.

Lusa/SOL