Moreira da Silva diz que o país precisa de empreendedores

O ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, Jorge Moreira da Silva, afirmou hoje que Portugal precisa de empreendedores, referindo que o país está a iniciar um ciclo de crescimento, mas que “não pode cometer erros ou falhar”.

Moreira da Silva diz que o país precisa de empreendedores

"Quero enfatizar a capacidade empreendedora de Alfredo da Silva e hoje precisamos no país de empreendedores. Portugal fechou um ciclo de resgate e está a iniciar um ciclo de crescimento, mas é importante não cair em erros e não podemos falhar", afirmou.

Jorge Moreira da Silva esteve hoje na cerimónia de abertura da Semana de Homenagem a Alfredo da Silva, que decorreu no Barreiro, organizada pela empresa Baía do Tejo, como forma de homenagear o industrial que fundou o grupo CUF.

"Temos que evitar a ideia da bola de prata, de uma ideia que resolve os problemas, pois não é consistente, e não podemos esperar que o crescimento se faça por milagre, ficando à espera que a Europa cresça", defendeu.

O ministro referiu ainda que "a repetição do passado não vai dar resultados" e que a aposta terá que se basear na valorização dos recursos.

"O 'pós-troika' não é apenas o que vem depois, mas o que queremos que seja diferente. Temos que criar reformas estruturais e conseguir investimento no setor produtivo, com atenção à responsabilidade orçamental", afirmou.

O ministro, que garantiu que a eliminação dos passivos ambientais nos territórios da Baía do Tejo é para continuar, defendeu uma aposta na economia verde.

"A economia verde tem procura internacional e temos que ver qual é a nova indústria para a discussão do processo de reindustrialização do país", frisou.

O presidente da Baía do Tejo, Jacinto Pereira, defendeu que a homenagem a Alfredo da Silva é uma forma de proceder a um "ato de justiça" mas também de promover os territórios.

"Temos que atrair investimento e para isso temos que dar a conhecer todos os fatores diferenciadores que temos. Todo o investimento que fizemos nesta semana pretende homenagear o homem e promover estes territórios", disse.

Jacinto Pereira referiu que está a ser feita a recuperação de edifícios e dos passivos ambientais, apelando ao ministro que continue a apoiar a eliminação dos resíduos ainda existentes.

Já Carlos Humberto, presidente da Câmara do Barreiro, lembrou a atual situação do país e defendeu que Portugal precisa de Lisboa como uma cidade-região, em que o Rio Tejo una as duas margens.

"Temos que aproveitar os antigos territórios industriais no Barreiro, Seixal e Almada para atingir outros patamares, neste que é um território chave para o desenvolvimento económico do Barreiro", afirmou.

Carlos Humberto adiantou ainda, em relação a uma possível localização do novo terminal de contentores no concelho, em terrenos da Baía do Tejo, que está disponível para essa hipótese mas quer decisões claras.

"São necessárias decisões claras sobre o aumento da atividade portuária no concelho. Estamos disponíveis, mas é necessário fazer os estudos técnicos, perceber os impactos ambientais, as acessibilidades existentes e as necessárias, os impactos na atividade económica e qual a integração urbanística do porto", concluiu.

Lusa/SOL