Mais de 6.500 escolas encerradas desde 2002

A Confederação Independente de Pais revelou hoje que, nos últimos 12 anos, já foram encerradas mais de 6.500 escolas em Portugal, classificando como uma “vergonha” a intenção de fechar no próximo ano lectivo 311 estabelecimentos.

Mais de 6.500 escolas encerradas desde 2002

Em comunicado, a Confederação Nacional Independente de Pais e Encarregados de Educação (CNIPE) diz estar "solidária com todos os pais dos alunos que vão ser vítimas do encerramento da sua escola", lamentando que os pais e as autarquias não tenham sido chamados a participar neste processo.

"Desde 2002 até hoje já foram encerradas mais de 6.500 escolas neste nosso país. Qual o futuro deste nosso país?", questiona a CNIPE.

A confederação afirma não haver qualquer estudo que prove que é positivo concentrar alunos em espaços como os centros escolares, recordando que muitos estudantes serão obrigados a grandes percursos de transportes e a acordar muito cedo para conseguirem estar na escola a horas.

"Todos os distritos estão a ser fustigados com encerramento de escolas e a CNIPE não pode estar de acordo, nem reconhece os critérios que estiveram subjacentes a estas decisões. (…) Mais uma vergonha do Sr. Ministro e sua equipa responsável pela educação em Portugal", refere a nota.

O distrito de Viseu é aquele onde se vão encerrar mais escolas do 1.º ciclo do ensino básico, já no próximo ano lectivo, com 57 estabelecimentos a fechar portas, de acordo com a lista de 311 escolas já divulgada pelo Governo. 

Entre os distritos mais atingidos pelos encerramentos estão também Aveiro e Porto, com 49 e 41 escolas a fechar em 2014-2015, respectivamente, de acordo com a lista de encerramentos divulgada pelo Ministério da Educação e Ciência (MEC).

Lisboa e Bragança são os distritos onde encerram menos escolas — duas em cada um dos distritos — seguindo-se Faro e Viana do Castelo, com três encerramentos anunciados.

O processo de encerramento de escolas do 1.º ciclo está concluído, para 2014-2015, mas a "reorganização da rede irá prosseguir" no ano lectivo seguinte, de acordo com o MEC.

Lusa/SOL