O problema estende-se às famílias: “Se os dois elementos de um casal estiverem empregados, precisam de trabalhar de tal maneira para que possam passar algum tempo com os filhos. É um pesadelo”, continua o especialista, há pouco reformado de 42 anos de carreira no Sistema Nacional de Saúde britânico. Factores de risco para a saúde, como a hipertensão e a obesidade resultantes do stresse são a preocupação clínica principal de Ashton, que não esquece os problemas de saúde mental que assolam os trabalhadores britânicos, mas também, revelam várias estatísticas, os seus congéneres europeus.
A redução do tempo de trabalho poderia alargar a possibilidade de obter emprego: “Um grande número de pessoas têm horários de loucos e outra quantidade considerável não consegue ter emprego”, conclui o médico, que adianta que o grande desafio da actualidade é o combate à desigualdade.