Quatro milhões de sudaneses do sul em risco imediato de fome

A escassez de alimentos pode colocar quatro milhões de sudaneses do sul em situação de fome já no próximo mês, anunciaram organizações humanitárias britânicas.

O alerta, veiculado pela BBC, segue-se às declarações do Presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir, que antecipa “uma das maiores fomes de sempre”.

O perigo está directamente ligado aos confrontos travados desde Dezembro entre as forças governamentais e os homens leais a Riek Machar, o antigo vice-Presidente demitido por Kiir. O conflito, inicialmente político, é hoje abertamente étnico, e já provocou mais de um milhão de deslocados. Este deverá ser um ano sem colheitas agrícolas suficientes, uma vez que a guerra impediu o cultivo.

As ONGs britânicas afirmam que há grande dificuldade em disponibilizar alimentos para as populações em zonas de combate, e que são necessários mais de 150 milhões de euros para o esforço humanitário.

O alerta de fome foi feito pelo menos grupo de peritos que antecipou a crise alimentar de 2011 na Somália.

O Sudão do Sul, maioritariamente negro, declarou a independência do Sudão islâmico em 2011 após uma longa guerra civil. Apesar dos recursos petrolíferos e minerais de que dispõe, é hoje um dos países mais pobres e instáveis do planeta.A escassez de alimentos pode colocar quatro milhões de sudaneses do sul em situação de fome já no próximo mês, anunciaram organizações humanitárias britânicas.