O herói holandês de Van Gaal estava escondido no banco

Já é habitual durante os jogos da Holanda ver-se no banco o seleccionador Van Gaal e os adjuntos Patrick Kluivert e Danny Blind, uma espécie de aprendizes, passarem o tempo a tirar notas. Na partida contra a Costa Rica percebeu-se bem porquê. No último minuto do prolongamento, apareceu a substituição que mudou uma vida: saiu…

Foi ele que fez o sonho da Costa Rica terminar. Depois de os riquenhos terem sobrevivido ao grupo da morte e eliminado Uruguai, Itália, e Inglaterra. Nos oitavos-de-final, foram a penáltis e derrotaram a Grécia. Entre os eliminados, somam 12 finais de Mundial, 5 de Europeus e 21 finais de Taça América. Ao todo, têm 25 títulos, contra nenhum da Costa Rica. É obra. Costa-riquenha, claro.

Agora chegou Tim, que fez os fez parar.

Antes de Tim Krul – este desconhecido guarda-redes de 26 anos e 1,93m do Newcastle nascido em Haia, emprestado aos escoceses do Falkirk e depois cedido também por empréstimo ao Carlisle United – outro guarda-redes foi herói.

O da Costa Rica. Mas esse já se sabia. Keylor Navas já tem nome feito. Terminou o Mundial com 20 defesas e só por duas vezes foi batido. Frente à Holanda foi um muro – os holandeses fizeram 20 remates, 15 foram à baliza, 8 defendidas por si. Outras três foram ao poste. Impressionante.

A Holanda teve mais posse (64-36%), mais remates (20-6) e mais ataques, mas caiu muitas vezes em fora-de-jogo (13) e não conseguiu marcar. E foi mesmo a Costa Rica no final a ter uma excelente oportunidade. Aí brilhou o guarda-redes titular holandês: Cillessen. Ele que obviamente sabia que iria sair para entrar Tim.

O resto já se sabe. A meia-final com a Argentina está marcada para quarta-feira.

 

Estádio Arena fonte Nova, Salvador

Holanda-Costa Rica, 0-0 (4-3, no desempate por penáltis)

 

SOL